domingo, 3 de julho de 2011

Tempo



Olá. É incrível a quantidade de músicas que falam sobre “o senhor da razão”. Ele mesmo, o tempo.
Comecei a lembrar de uma música que gosto muito de uma super banda folk americana. O “Hootie and the Blowfish”. A música se chama “Tempo” e começa com o seguinte verso: “Tempo, porque você me pune?”. Eu adoro esse som, mas não concordo. O tempo só “pune” quando estamos confusos, afoitos, eufóricos… desesperados. Aí parece que os minutos viram horas.

O tempo na verdade é benéfico… é como um remédio sutil que cura aos poucos. Num tratamento calmo e calculado. Não adianta correr e querer tomar todas as pílulas de uma caixa. Há uma espera. Um prazo. Um tratamento. E não adianta passar pelo tratamento e não MUDAR O ESTILO DE VIDA. Porque aí vai acontecer tudo de novo. Se o tempo te “puniu” e te curou, mude.

O tempo também tem propriedades que vão além da cura. O tempo é revelador. Ninguém ou nenhuma situação resiste muito. Tudo se mostra. Tudo se explica. Tudo se esclarece.
É interessante usar isso. Na dúvida espere um pouco… se acalme e deixe o tempo agir. Toda e qualquer máscara cai. Inclusive as nossas…

Abrir mão disso pode te levar a achar que tem o controle da própria vida (o que você pode ter, mas com sabedoria – depois escreverei sobre ela). Mas apenas vai te jogar pra dor e frustração de novo. Tem coisas que com um pouquinho mais de tempo poderiam facilmente ter sido evitadas. Mas hoje o povo tá doido… tudo tem que ser em tempo real. Mas o tempo cobra. Nunca barato ou caro. O preço justo. Mas cobra e com certeza sempre cobrará.

Nunca tinha pensado nessa comparação, mas de certa maneira o tempo nada mais é do que o próprio Deus. Ou você sente e respeita ou ignora e depois se ferra e fica chorando. Ou vive em harmonia ou se revolta e fica vivendo em círculos viciosos.  Doido isso!

Beijos e abraços…
Rafael
(Simplesmente amo esse texto de um homem sábio que um dia já foi rei em Israel e que entendeu que nada disso era eterno…)


3 de Eclesiastes

Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;

Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;

Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.
Que proveito tem o trabalhador naquilo em que trabalha?
Tenho visto o trabalho que Deus deu aos filhos dos homens, para com ele os exercitar.
Tudo fez formoso em seu tempo; também pôs o mundo no coração do homem, sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Já tenho entendido que não há coisa melhor para eles do que alegrar-se e fazer bem na sua vida;
E também que todo o homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho; isto é um dom de Deus.
Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe deve acrescentar, e nada se lhe deve tirar; e isto faz Deus para que haja temor diante dele.
O que é, já foi; e o que há de ser, também já foi; e Deus pede conta do que passou.
Vi mais debaixo do sol que no lugar do juízo havia impiedade, e no lugar da justiça havia iniqüidade.
Eu disse no meu coração: Deus julgará o justo e o ímpio; porque há um tempo para todo o propósito e para toda a obra.
Disse eu no meu coração, quanto a condição dos filhos dos homens, que Deus os provaria, para que assim pudessem ver que são em si mesmos como os animais.
Porque o que sucede aos filhos dos homens, isso mesmo também sucede aos animais, e lhes sucede a mesma coisa; como morre um, assim morre o outro; e todos têm o mesmo fôlego, e a vantagem dos homens sobre os animais não é nenhuma, porque todos são vaidade.
Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó.
Quem sabe que o fôlego do homem vai para cima, e que o fôlego dos animais vai para baixo da terra?
Assim que tenho visto que não há coisa melhor do que alegrar-se o homem nas suas obras, porque essa é a sua porção; pois quem o fará voltar para ver o que será depois dele?

(Repostagem de um texto que escrevi e postei em 29/4/2010. Clique aqui e veja a postagem original.)

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