segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Agradecimento por 2012!

Sorocaba, 24 de dezembro de 2012.

AGRADECIMENTO

Para meus colaboradores, parceiros, admiradores do meu trabalho e principalmente meus clientes: desejo que tenham um feliz Natal e um 2013 excelente.

Espero que sejam surpreendidos por coisas boas... acredite!

Agradeço por cada show, cada sorriso, cada palma, cada música que cantaram junto e principalmente por escolherem a banda Velotrol, a mim no formato voz e violão ou outra banda/artista/serviço que indiquei pra participar de tantos momentos especiais. E por me entregarem um dos bens mais valiosos que vocês tem: o tempo livre.

Espero ter correspondido e criado o clima de abstração, devaneio, sonho, amor e euforia que desliga a mente do cotidiano e deixa o coração e o espírito dominarem o corpo. É pra isso que servem a música e o músico.

Pra quem pediu alguma música autoral nesse ano: obrigado. Dei uma parada em 2012 pra fechar ciclos, respirar, me organizar e focar nos eventos.

Em 2013 voltarei com tudo!

Cada um que pediu um som próprio, alimentou uma chama que estava baixinha no meu peito, mas que nunca se apagou. E nem vai apagar. Prometo um novo álbum em 2013. Mais uma vez: obrigado!

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AGENDA

Dia 28/12 - 21h30 (sexta) tem a minha última apresentação do ano. Com a banda Velotrol... no Anastácia!

Depois uma pequena pausa para descansar e logo estaremos juntos de novo.

Voltarei com a Velotrol dia 11/01/2013 (sexta - 21h30) no Anastácia e 12/01/2013 (sábado - 20h) com voz e violão no Happy Beer.

Informações e pedidos de orçamento: mande e.mail pra >>> velotrolsorocaba@gmail.com  (responderei a partir do dia 10/01)

Valeeeeeu!



Muito obrigado.

Rafael Corrêa Amorim - músico

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Anastácia
Av. Doutor Eugênio Salerno, 187 - Centro | Sorocaba - SP
(15) 4141.0702 | 9712.2049 | 7812.2045
e-mail anastaciabar@ig.com.br
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Happy Beer
Dr. Armando Salles de Oliveira, 37 – Sorocaba (SP)
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quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

FALE A SUA VONTADE! (O paradoxo de Albilene)

Oi!

Esses dias li sobre um paradoxo interessante: o paradoxo de Albilene.
É mais ou menos assim: achando que todo mundo quer uma coisa alguém propõe algo e você, pra não chatear e pra ser aceito e achando que todos querem, finge querer. Os outros achando que você realmente quer, também fingem. E todos fazem a tal coisa contrariados. Ninguém queria estar fazendo aquilo. Mas pra evitar a suposta frustração ou censura todos seguem com a farsa. Gerando só desgosto e encheção de saco. Havia uma única maneira de quebrar o paradoxo: alguém ter falado o que realmente queria. Alguém ter questionado a suposição. Um resumo do original:

(Numa tarde quente em visita a Coleman - Texas, uma família está confortavelmente jogando dominó no alpendre da casa, até que o sogro sugere um passeio a Abilene - Texas, que fica a 53 milhas, para jantar. A esposa diz, "parece uma boa idéia". O marido, apesar de ter algumas reservas quanto ao calor e a distância, imagina que sua opinião pode estar em desacordo com o grupo e diz "por mim tudo bem. Apenas espero que sua mãe queira ir". A sogra então diz "claro que eu quero ir. Há muito tempo que não vou a Abilene". A viagem é longa, empoeirada e quente. Quando chegam na cafeteria, a comida é tão ruim quanto a viagem. Eles chegam de volta em casa quatro horas depois, exaustos. O genro fala desonestamente "Foi um bela viagem, não foi?" A sogra diz que, na verdade, ela preferia ficar em casa, mas concordou em ir já que os outros três estavam tão entusiasmados. O marido diz "Não me agradou fazer isso. Só fui para agradar vocês.")



Quantas vezes nós já vivemos isso?

Você não quer jantar com os amigos.
Você não quer ficar em casa.
Você quer fazer algo.
Você não quer.
Mas não fala.
Se reprime.

Achando que assim estará fazendo o melhor quando na verdade está se frustrando e provavelmente frustrando o outro.
Quantas vezes vemos casais rompidos, ex-amigos ou ex-parceiros comerciais que falam "fiz tudo, mas não deu certo". Mentira. Porque na verdade fizeram o que não queriam fazer. Não estavam ali com prazer e cumplicidade.
Porque não se expressaram adequadamente com pessoas que dividiam as próprias vidas. Aí o final (com mágoa) é sempre inevitável.

Que loucura é essa!? Que medo de rejeição é esse? Que vontade de auto-flagelamento é essa!? Não!

Diga que não quer.
E deixe quem quiser ir de verdade curtir.
Diga que quer. E deixe quem não quer ficar em paz.


Fale a sua vontade. Ou sofra e gere sofrimento!
Quebre o paradoxo! Diga a verdade. Se expresse sem grosseria (cortesia e educação sempre!). Exija respeito e respeite (de verdade e sem malícia no coração) quem está com outra vontade.
Assim você pode salvar seu casamento, amizade, negócio e principalmente a sua própria alma.

E se você acha que não dá. Leia a frase abaixo:

"Toda pessoa tem direito à liberdade de opinião e expressão; este direito inclui a liberdade de, sem interferência, ter opiniões e de procurar, receber e transmitir informações e idéias por quaisquer meios e independentemente de fronteiras." (Artigo XIX - DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS)

Você é humano não é!? Então tem direito. Não sou santo, anjo ou demônio. Sou humano. Eu tenho direito, uso e não abro mão.

Fazer concessões e sacrifícios de vez em quando? Sim. Mas sem mentir, SEM SOFRER e sem achismos.

De vez em quando nada melhor que um joguinho de dominó. Sossegado... numa boa.



Beijos e abraços,

Rafael Corrêa Amorim

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Eleitores de São Paulo podem literalmente enfiar o voto no cu

Já tivemos Tiririca fazendo suas micagens na campanha pra deputado: me lembro de quando vi o humorista fantasiado pela 1a vez no horário político. Fiquei estarrecido! Tiririca na tela: “O que faz um deputado federal?” e na sequencia ele mesmo respondia “na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto”.

Surreal.

Me lembro de uma em que tinha o Papai Noel (aparecia com a fantasia, barba e tudo! número 1919) em Sorocaba agora pra vereador temos o Frangão (com máscara!) e o Rei Momo.

E aí? Vai enfiar o voto no cu!?

Agora bunda!?

A Mulher Pera pediu voto mostrando a bunda no twitter dela. Alguns poderão invocar a liberdade de expressão. O twitter é dela, mas não deixa de ser campanha. Não conheço a fundo a legislação eleitoral mas certas coisas passam do limite... não tenho falso moralismo, a bunda é dela e ela faz o que quiser com as suas nádegas. E é fã dela (ou da bunda) quem quer... (ela tem mais de 50.000 seguidores no twitter). 

Mas campanha envolve um cargo público (bancado pelo nosso trabalho e dinheiro) que irá representar a sociedade e acho que faltam regras e leis pra coibir certas coisas. É difícil separar a celebridade (no caso dela sub-celebridade)/artista/esportista da pessoa física, do candidato, mas acho necessário. Com essa mistura há uma banalização de algo que por mais que seja criticado e questionado é importante e uma das maneiras do povo expressar sua opinião: o processo eleitoral. 
Anônimo com personagem (como o tal Papai Noel) deviam ser proibidos.

Olha o texto publicado junto com a imagem: "sou guerreira, funkeira, e mulher de marketing. Assim sendo, fiz essa foto apenas para chamar a atenção e marcar o meu número sem a ideia de me vulgarizar”. 
Por outro lado, a candidata prometeu, na mesma postagem, mostrar seu “piercing íntimo”, caso seja eleita.

Pede voto mostrando um close do rabo com o número da sua campanha, promete mostrar piercing e não quer se vulgarizar!? Está vulgarizando não só a si mesma, mas também as eleições.

Acho que ela ou o Tiririca (não quero demonizar o humorista, uso como exemplo pelo sucesso da tática usada pelo PR... a música: melodia de Florentina com outra letra, a caracterização, o deboche... e o número principal: 2222) só poderiam pedir voto num traje "normal" e sem palhaçadas e referências. 

"Olá gente! Sou o Francisco Everardo, você me conhece como Tiririca". Ou "sou a Suelem Aline, você me conhece como a Mulher Pêra". E aí o candidato/a falaria de propostas.

Se mesmo assim o eleitor quisesse dar o seu "voto de protesto" (uma estupidez na minha opinião) ou só por ter simpatia pela pessoa que está ali, tudo bem. A liberdade e a responsabilidade é do eleitor. 

Mas em muitos casos acredito que esse voto tem relação direta com o absurdo que a pessoa vê na campanha. Alguns partidos bancam essas ideias, os aventureiros se candidatam, os marqueteiros pensam em tolices e afrontas e jogam na tv, o TSE finge que não vê e o eleitor pensa: "é isso!? Então que se foda!". E vota. O adolescente vê uma bunda e vota. 

A imagem que gerou esse texto talvez sintetize o que é uma campanha política no formato atual: um cu... de onde sai muita merda.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Ansiedade


Esses não sofrem com ansiedade nenhuma...


Ansiedade 
an-si-e-da-de
s.f Angústia, aflição, grande inquietude. Desejo veemente, impaciência, sofreguidão, avidez.

Adianta sofrer por algo? Quantas vezes a gente planeja, planeja, sofre e nada acontece? E de repente do nada acontecimentos inesperados (pra alguns o universo conspirando a favor, pra mim Deus) criam caminhos, situações e soluções que nunca passaram pelas nossas mentes!

Faça sua parte, seja justo, honesto e deixe as coisas acontecerem. Ninguém pode controlar tudo. 

Talvez esse seja um dos maiores males desses tempos: o desejo que alguns tem de controlar a tudo e a todos. Numa ilusão de que é o melhor para todos. Mas na verdade é só pra controlar a sua ânsia por respostas e acontecimentos que a partir de um certo ponto não dependerão mais de você. Acontecerão você sofrendo pela ansiedade ou não. Entenda e aceite isso e ficará mais em paz. 

Fez o seu? Agiu bem? Se esforçou? Então desencane! 
Não fez? Agiu mal? Não se esforçou? Mude e viva melhor. Mas tem que querer de verdade. Ou sofrerá com a ansiedade e o sentimento de culpa até o fim dos seus dias.

Pense nisso!

6 Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes em tudo sejam os vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças;
7 e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus.
8 Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai.
(4 Filipenses)


sábado, 18 de agosto de 2012

Vergonha do Brasil nas Olimpíadas!?

integração entre os povos com uma competição?


Esses dias estava de bobeira pelo facebook e vi um post de um conhecido dizendo que tinha vergonha de ver o Brasil atrás de certos países no quadro de medalhas. Respondi que não há vergonha nenhuma nisso.

Cada país tem suas tradições em alguns esportes (como os africanos nas maratonas). E alguns esportes dão muito mais medalhas que outros. Natação, atletismo e ginástica dão muitas medalhas. O mesmo atleta pode ganhar 8 ouros (Phelps em Pequim) ou 3 ouros (Bolt em Pequim e Londres). Diferente dos esportes coletivos ou com uma categoria fixa como o boxe ou judô. Perdeu, acabou.

Se o país quer ser um potência olímpica deve investir nos esportes que dão várias medalhas. Mas isso só serve pro quadro de medalhas.

Duvido que qualquer argentino trocasse os 2 ouros de 2004 (no futebol e no basquete) por outros 10 ouros em esportes "desconhecidos". Ou que ficaram com vergonha de ter ficado atrás de qualquer nação com tradição na natação ou atletismo.

Analisar dessa maneira o quadro de medalhas não define o desenvolvimento ou não de um país. Alguns querem ser potências olímpicas (resto daquela propaganda da guerra fria), outros querem ter uma nação digna. Se der pra somar os 2 tudo bem.
Ou vira uma China, que quando identifica um talento isola e treina por 10 anos. Viu a história da saltadora que ficou 1 ano sem saber da morte da avó pra não atrapalhar os treinos? Ela levou o ouro. Mas que ouro é esse!? Ouro de um país que executa as pessoas num estádio... um ouro bem desbotado.

Vejamos países que ficaram atrás do Brasil no quadro de medalhas: Dinamarca, Canadá, Suíça, Noruega e Suécia. São alguns dos países com maior IDH do mundo. A tradição (ou falta dela) em alguns esportes não tem nada a ver com isso. Esses países tem que sentir vergonha por terem ficado atrás do Brasil no quadro de medalhas? Esporte como política pública pro bem estar de uma nação é uma coisa, focar em medalhas é outra. São coisas distintas.

Existem projetos e prioridades. O Brasil investiu R$2bi no último ciclo olímpico. Chegamos em várias finais e estreamos em várias modalidades. O pódio é uma consequencia. Uma soma do investimento com o talento do atleta.
E quem sabe o Brasil ache os seus Bolt e Phelps.

Mas não podemos esquecer que um ouro não simboliza um país. O ouro do Rodrigo Pessoa em 2004 (nascido em outro país, mal fala português e num esporte de milionário) representou o Brasil em alguma coisa? Ou foi bom só pra ele e pro quadro de medalhas?
O que a perda do ouro por essa geração do futebol, que se recusou a usar a réplica da camisa de 58 (alegaram que pesava demais... Garrincha e Pelé nem ligaram na época) no amistoso Brasil x Suécia, representou pra nós? Perdemos alguma coisa? Ou eles que perderam (se é que um dia tiveram) o sentimento de estar "representando um país"? Cada um quer mais é engordar a conta bancária e conseguir mais contratos de publicidade.

Atletas não representam países, mas a si mesmos. Criou-se o conceito de disputa entre países para gerar, no público, interesse pelo evento.
Historicamente, as Olimpíadas foram usadas para acirrar a guerra fria e como propaganda política dos países.

O quadro de medalhas resume o paradoxo das Olimpíadas: pregar integração entre os povos através de uma competição entre eles.

Saúde, educação, moradia, liberdade de expressão, segurança, oportunidades iguais pra todos e incentivo... é isso que uma nação desenvolvida tem buscar. E aí quem sabe, uma medalha.

domingo, 5 de agosto de 2012

Agradecimento, nossas músicas, Marcelo Bonfá e a Legião

Salve galera! Agradeço e muito pelas três apresentações da semana:

Quinta 02/07 - THURSDAY ROCK no Blá!

Foi mais uma noite intensa com o pessoal pedindo e curtindo as atualidades do repertório como Florence, Calvin Harris e Tiko's Groove. Muita gente volta pra curtir o som da banda... isso anima!
Tivemos o prazer de ter a presença do Bruno Alonso, sua noiva e um brother dele... quero tocar no casamento hein Brunão!
Também tive o prazer de conversar com o vocalista da banda Garage 705 (conheceu a banda na quinta retrasada e voltou com uma galera!) que me deu um cd. Fico feliz quando vejo a galera produzindo, tentando... a vida é isso!
O Afonso também apareceu. Obrigado cara!
Quinta tem mais.

Sexta 03/07 - Velotrol, dj Aramar e Atalhos (com a participação do Marcelo Bonfá) no Asteroid

Já apresentamos vários covers e especiais no Asteroid, mas dessa vez fomos convidados pra tocar os nossos sons.
Foi um prazer.
O Aramar estava fazendo um set muito bom e a gente entrou e ninguém saiu da pista!
Muitos conhecidos e admiradores do nosso trabalho cantando, e o mais legal era ver que quem não conhecia estava afim de conhecer, de descobrir... a maioria do pessoal que estava ali curte a Legião. Com certeza é um pessoal que gosta de sons mais densos... foi bem legal.

Passou um filme na minha cabeça. Tive por um segundo aquela sensação de que "faltou um produtor descobrir"... mas logo depois me livrei desse pensamento choroso e me lembrei da máxima: tudo é exatamente o que tem que ser. A verdade é que amei tocar aqueles sons... me lembraram de uma época de pureza, gás e entusiasmo. E eu quis ficar só com o melhor daquela sensação. Muitas coisas mudaram (pra melhor) e se resolveram na minha cabeça. Muito obrigado mesmo!

Nosso set:

Tudo que Fiz
Filme
Antigamente
A Rede
Eu
Rumo Ao Sol
Saia Daqui!
Nada Demais
Caminhos Pra Voltar


Gostou? Clique no link ao lado e baixe! >>> Músicas da Velotrol

Quando eu estava saindo pro Anastácia tive um rápido encontro no camarim com o Marcelo Bonfá. Ele foi super educado e atencioso.


Eu e uma parte viva da Legião Urbana

Sou muito fã da Legião (mas não agi como tal, ali éramos músicos) e disse isso pro cara e citei alguns sons dele. Ele me respeitou.
Porque é bem isso. Renato Russo era genial, mas a Legião era maior que ele. Bonfá criava climas, escrevia canções e tinha participação ativa naquilo tudo (como o Dado). Não recrimino quem tem uma visão simplista e acha que o Russo era a Legião. É como quem acha que o Vedder é o Pearl Jam... na carreira solo dele (e dos outros) sempre falta algo. O que seria do Gossard com a base instrumental de Black sem o Vedder? E Vedder sem Gossard, Ament e McCready? Pearl Jam é Pearl Jam. Vedder é Vedder. Russo é Russo e Legião Urbana eram os 4 e depois os 3!
E eu estava ali... com um cara que é parte da história da música nacional. Do nada ele me pergunta: "como é que está a galera?". Respondi: "elétrica, vão surtar."

Agradeci a ele pela Legião. Além da formação musical e conceitual, já diverti muita gente, me emocionei e ganhei uma graninha com a música deles.
A primeira música que eu aprendi a tocar é do Russo, do Dado e do Bonfá: "Há Tempos" (que ele tocou bateria e cantou no show).
Talvez se não fosse pela obra que aquele cara que estava ali ajudou a construir, eu nem fosse músico.
Dei os dois cds da Velotrol pra ele, desejei um bom show e fui pra luta.
Afinal não fiz parte da Legião e tenho que correr! rsrs

Depois vi uns vídeos do show: foi insano. Catarse coletiva. Se a galera pirou (e sempre pira) no dia 14/07 com a Velotrol tocando Legião, imagina com uma parte viva da banda ali na frente!?
Valeu Mário, valeu Legião e valeu Bonfá!

Anastácia

Na sequencia fui pro Anastacia (estou no bar desde 2004) que teve na abertura a Ideia Absoluta. A galera tá na luta... enquanto alguns reclamam, outros fazem. Sempre foi assim e sempre vai ser. Se vai virar ou não, é outra coisa... aliás o que é virar!? Ter tesão e batalhar já é virar.
É como dizem: pra ganhar na loteria você tem que jogar. Aí você compra vários bilhetes, faz cálculos, gasta uma grana e ganha! E o outro que nunca fez um joguinho simples de R$2 te julga e menospreza. Parabéns Eider pela luta e como dizia o Renato Russo: força sempre.

Como entramos depois não deu pra enrolar: foi pancadaria. Começamos no gás e quando fiz a tradicional pergunta: "o que vocês querem ouvir?" a resposta (de uma voz feminina) não podia ter sido melhor: ROCK! Claro que tocamos Legião, pelo clima que ainda estava em mim e pra atender o pedido do nosso amigo Roberto. A galera gostou, mas numa noite de saudosismo apostei em outros dois mitos: Kurt Cobain e Staley. Fazia tempo que não tocava Alice in Chains e senti que a noite pedia isso. Depois Faith No More, Red Hot... foi doido!

Devo muito ao Anastácia. Ali foi e é meio que uma faculdade de "como conduzir uma noite". Tudo muda e você pode perder a noite  em um minuto. Ali aprendi muita coisa. Como ter essa sacada pra meter rock sem medo de cara feia, sentir que era isso que o pessoal queria na sexta. Uso tudo que aprendi e aprendo ali em todos os outros eventos.
E fiz e faço muitos amigos ali também.
Valeu Fer!


Bom... é isso. Viver dignamente com alegria, trabalhar, saber descansar e desligar de vez em quando, ser melhor pros outros e consequentemente pra si mesmo. Essa é a receita pra mim. E o resto? Bom, o resto é resto.

Vi uma frase nessa semana que adorei:

"O primeiro passo não é admitir que você tem um problema, mas identificar precisamente como você é um problema para os outros."
@thelastpsych

Mas é preciso coragem pra identificar isso. Você tem bondade? Ter bondade é ter coragem...


E vendo essa foto da menina com o Oscar Pistorius tenho a plena certeza que o negócio é não reclamar da vida. E sim agradecer sempre!

Ia reclamar de alguma coisa!?


Agenda:

quinta 09/7 21h - Blá -São Paulo - tributo a Legião
sexta 10/7 22h - Anastácia - Sorocaba
sábado 11/7 22h - Almanaque - Porto Feliz

Beijos e abraços,

Rafael Corrêa

terça-feira, 31 de julho de 2012

Praia, férias, viagens e mergulhos

O sétimo mês do ano está quase no final e eu já comecei a pensar em férias e consequentemente em praia... de onde vem esse fascínio pelo litoral? A beleza e a força natural do mar tem peso, mas acredito que há muito além.


Impossível descrever o que sinto


Essa fuga anual talvez sintetize o momento onde a pessoa pode se expressar, fazendo o que ela realmente quer (ou acha que quer fazer).
Ela estará no controle, ela escolherá pra onde vai, ela não precisará se esforçar e agradar ninguém pra ganhar dinheiro. Na verdade será agradada pra dar dinheiro pra outros. Algo diferente e estimulante. Por um momento ela estará no controle. (Será mesmo?)

Pra alguns uma viagem não deixa de ser uma conquista como um carro ou uma casa. É algo pra ser mostrado e divulgado. "Estivemos em tal praia, o serviço era ótimo". Não interessa se a viagem foi legal ou não. O negócio é ostentar a conquista. Falar o valor dos imóveis do local. O preço dos restaurantes e de quantos carros importados diferentes tinham por lá.
A praia? O mar? Que mar!?

Pra outros essa viagem vem com as mesmas obrigatoriedades do dia-a-dia: "Vamos criar uma agenda! Vamos produzir! Ver tantas praias, ver tal dj naquela balada, fazer caminhada, jogar vôlei, tomar aquela caipirinha, comer porção de camarão, levar as crianças na feirinha". Tudo devidamente registrado e postado em tempo real nas redes sociais.
No final tiveram mais tarefas do que no próprio trabalho. Voltam mais cansados, cheios de momentos mas sem nada pra lembrar.
O mar foi um mero figurante.

Pra outros é um momento de lembrança, de nostalgia. Muitas viagens marcantes tiveram o litoral como destino. E a pessoa sempre volta. Como se aquele ambiente pudesse despertar um vigor e uma euforia de outros tempos. Como se aquele pessoal fosse aparecer do nada fazendo aquelas piadas de 20 anos atrás.
Mas as pessoas e as responsabilidades são outras... então a solução é fazer o que já é feito durante o ano todo: beber pra se anestesiar e esquecer.
E o mar acaba trazendo mais dor do que paz.

E eu? O que eu quero de uma viagem?

Na minha próxima viagem vou fazer algo que sempre faço e acredito que seja necessário pra todo ser humano de vez em quando: só avisarei a minha mãe sobre o meu destino, desligarei e esquecerei o celular e a tv, guardarei meu relógio, comerei fora de hora e quando chegar na praia, encararei o mar e darei um mergulho sem pensar em nada.

E por um momento os dígitos não terão importância.

A crise em algum país com nome impronunciável não me afetará.

A dor que as pessoas causam a si mesmas, os que insistem em vomitar suas falsas verdades (pra tentar esconder suas frustrações e falta de coragem) nos que os cercam... naquele segundo isso não existirá.

Mágoas, moda, vaidade, celebridades, metas, mentiras, protocolos... que tolice!

Darei o mergulho e quase que inconscientemente e instintivamente eu e o planeta seremos um só. Um organismo autônomo e responsável por si e apenas por si. Um silêncio raro. Já senti isso algumas vezes... é um reencontro com algo primitivo e maravilhoso.

E assim voltarei com mais força pra sociedade que insiste em tentar provar que eu e você somos ninguém. Que somos só mais um.

Quando nos tornarmos capazes de mergulhar em nós mesmos pra recarregarmos as baterias e encontrarmos a paz, veremos muito mais beleza no mar, no céu, no amor, num sorriso, numa viagem, na simplicidade, na verdade... na vida.

Um mergulho por vez. Um mergulho por vez.



Dezembro nunca esteve tão longe.

Rafael Corrêa

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Pessoas são pessoas...

ateus vs. religiosos
solteiros vs. casados
PT vs. PSDB
falantes vs. contidos
baladeiros vs. caseiros
intelectuais vs. desencanados
vivem pra trabalhar vs. trabalham pra viver
sonhadores vs. pés no chão

eu vs. você

Sempre um contra o outro. No final todos são seres humanos que querem se expressar e ser aceitos como mais que um número. Como um ser pensante, que sente e que faz alguma diferença nessa Terra. O caminho? Se aceite... e não julgue o caminho que alguém escolheu. Apenas caminhe junto ou não.
Quem não se aceita (e não supera o próprio passado e as próprias escolhas) não consegue aceitar o outro. Daí surgem os comentários ácidos, os olhares invejosos, os julgamentos...

Deixo aqui um trecho de uma música que eu gosto muito do Depeche Mode. PEOPLE ARE PEOPLE. "Pessoas são pessoas então porque é que você e eu temos que nos dar tão mal?
Somos de cores diferentes, e de crenças diferentes
E pessoas diferentes tem necessidades diferentes
É óbvio que você me odeia embora eu não tenha feito nada de errado
Não consigo entender o que faz um homem odiar outro homem
 Me ajude a entender"
Martin Gore - Depeche Mode

Pensando bem não há como entender o ódio (nem quero ajuda pra isso!)... é mais simples não odiar.
E pra isso é preciso amar.  Entendendo que pessoas são pessoas...

Não consigo entender o que faz um homem odiar outro homem (também não entendo Martin...)



Rafael Corrêa

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A alegria é um dom

A agitação dos dias modernos, a falsidade de algumas pessoas, o aparente colapso do sistema e outras mazelas podem nos cegar por um instante. Mas acredito que a vida dá pequenos sinais pra abrir os olhos dos que ainda tem a centelha do bem, do entusiasmo e principalmente do amor.

Em um desses dias malucos, eu estava correndo pra dar conta dos afazeres, quando estacionei o carro vi um senhor sentado na calçada. Automaticamente pensei: "vai pedir pra olhar o carro". Do nada ele abre um sorriso e diz: "se você tivesse chegado um pouquinho antes eu te convidaria pra almoçar, mas acabou!". Aquilo mexeu com as minhas entranhas... senti algo muito forte naquele momento.
Os horários não importavam mais. A falsidade alheia não me chateava. A estupidez e a ingratidão de pessoas com o espírito ruim não importavam. As palavras daquele homem foram como uma flecha. Direto pra minha alma.
Conversamos um pouco e ele me mostrou seu carrinho de catar papelão estacionado na esquina.

Mais uma constatação: alegria não se compra. Não está em posição social, cargo, salário ou em qualquer outra realização... está na alma de quem tem prazer em estar vivo. Está nas pessoas que sabem viver o momento. Pessoas que contagiam o ambiente com luz e paz... é um dom! Acho que todos já tiveram esse dom... mas muitos deixam de lado e acabam esquecendo que podem ser alegres. Tornam-se ácidos, carrancudos, inconvenientes e até maldosos. Não contentes em não terem mais o dom, eles odeiam, invejam e até ironizam o dom alheio. Um riso ou uma dança é quase uma ofensa pra pessoas assim.
Mas nunca deixe de sorrir e ser feliz... ignore gente assim. Cada um que aprenda por si.

A vida dá sinais a todos. Mas é preciso estar atento. Alguns dão atenção, outros não. Eu peço pra que a vida (Deus né?) sempre me mostre que há muito mais do que nossos draminhas particulares no mundo. E que mesmo com os nossos dramas, podemos ser demônios travestidos de seres humanos ou simplesmente sorrir com verdade e alegria de estarmos vivos. Simples assim.

Beijos e abraços!

Rafael Corrêa Amorim

Valeu!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Renato Rocha (ex-baixista da Legião Urbana) e as escolhas e conseqüências


Era mais um domingo preguiçoso daqueles onde eu quero sumir e desacelerar os pensamentos... principalmente pela semana corrida (com direito a um evento em Maresias no sábado).

Estava dando uma olhada na tv e do nada passei pela Record e vi a chamada do Domingo Espetacular: “exclusivo: o ex-baixista da Legião vira morador de rua”. Aquilo me intrigou e eu quis assistir de qualquer jeito.

A Legião fez parte da minha iniciação na música e é super importante na minha vida... sem contar o carinho que eu tenho pelas linhas de baixo do Renato Rocha (tenho veneração por “Acrilic On Canvas”). Caráter e desavenças deles a parte, eu sempre gostei dos baixos que ele gravou.

Claro que eles deixaram a matéria pro final. Do nada eu vi um cara que era saudável e esportista (Rocha foi jogador de vôlei, vice-campeão brasileiro de queda de braço em 1978 e adorava bicicleta... tenho no meu inconsciente as imagens dele andando de bike no clipe de Angra dos Reis) arrebentado e totalmente confuso. Do mega estrelato Rocha agora vive uma situação de miséria total. Culpa dos pais, do país ou da Legião? Não, do próprio Rocha.

"Billy" ou "Negrete" no auge. Foto do "Que País é Este 1978/1987"

A matéria foi super mal produzida, teve várias informações erradas (disseram por exemplo que Rocha é co-autor de “Eduardo e Mônica" e ele não é. A faixa é do Renato Russo que ainda gravou todos os instrumentos da faixa... Record né?) e tentou levantar polêmica com Rocha perguntando: “como pode um disco vender 12 milhões de cópias e eu viver na rua?” Do mesmo jeito que no auge ele pôde comprar 8 (!) Harley Davidson e hoje não ter nada. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. A Record também apelou ao “plantar” um falso fã pra pedir o autógrafo do Rocha na capa do “Que País é Esse 1978/1987” (acreditem ou não, esse encarte estava em cima da minha cômoda na semana anterior ao programa... fiquei lendo e analisando a obra... doideira minha!).

Não sei o real motivo da saída dele da Legião, mas fato é que isso aconteceu em 1989! E tudo que aconteceu depois (e talvez até antes) é culpa do Rocha. De todos os integrantes Rocha era talvez o menos favorecido financeiramente (o pai hoje é um advogado em um escritório humilde) e intelectualmente. E gostava da farra (“Eu e o Renato Russo só queríamos saber de cheirar cocaína e beber”), queria se misturar com o Russo, mas não segurava a onda e perdia os compromissos. Talvez Russo gostava dele nas farras porque ele dava a atenção que Bonfá e Dado não davam... talvez porque era mais manipulável... talvez por ser mais maluco... vai saber.

Nos depoimentos colhidos no começo da carreira, e colocados depois em Riding Song - clique aqui e veja. Já dá pra sacar que Rocha tinha pré-disposição a se perder. Russo fala que gostava de jornalismo e trabalhava com 17 anos, Dado fala que entrou na faculdade de sociologia, Bonfá que terminou o segundo grau e Rocha fala que parou de estudar. Já mostra que ele larga as coisas pela metade e não estava muito aí...

Toda e qualquer pena acaba quando você vê o pai do cara falando que tentava o aconselhar no auge e ele respondia: dinheiro é pra gastar. Já vi de perto gente que perde a referência de certo e errado quando tem contato com álcool ou entorpecentes. É um padrão. São pessoas que se entregam pro vício e acabam culpando a tudo e a todos pela sua situação (como no comentário dele que vou citar) e depois de um tempo, com a mente já debilitada e conformada, tem vagas lembranças e cita fatos com carinho (como na matéria). Na matéria de domingo ele foi ameno, mas há 10 anos (antes de estar tão debilitado) ele deu declarações ácidas: Segundo ele, Russo “era um chato que vivia em crise”, Dado “um cara muito egoísta” e Bonfá “uma pessoa de personalidade fraca”. Dado e Bonfá nunca entraram em polêmica e jamais comentaram qualquer declaração dele. Longe de mim julgar Rocha ou a Legião... eles que se entendam juridicamente. Estou só divagando sobre a situação atual do Rocha.

O momento mais triste da entrevista foi quando ele pegou o baixo... pensei: “toca cara! Alguém vai te dar uma força...”. E ele literalmente não sabia direito o que estava fazendo ao tentar tocar “Ainda É Cedo”. Ali vi que realmente o cérebro do cara está destroçado... e fiquei chateado pelo ser humano que um dia foi o artista que ajudou a escrever essa música.

Segundo o pai de Rocha, a mãe dele morreu e talvez ele nem saiba... não quero comparar com o Russo, mas Russo morreu pedindo pra que o pai o aceitasse. Russo fazia o que fazia, mas se arrependia e tentava viver "Um Dia Perfeito"... Rocha só via e vê alívio no momento da loucura... por isso não se importou de verdade quando saiu da banda. Ninguém ouviu falar dele enquanto ele ainda tinha dinheiro. Estava bem ocupado gastando com a loucura...

Fica a lição de que é preciso conhecer e respeitar seus limites, ser racional e rejeitar os prazeres de vez em quando (ou de vez em sempre se você é doente) e principalmente: valorizar a família. Deixando a mente e o coração aberto, pra que quando algum ente querido falar algo, isso entre e te dê uma “acordada”. Se você não assume as conseqüências e não deixa essa porta aberta pro bem, o perigo é grande. Escrevi algo assim em “Caminhos Pra Voltar”:

clique aqui e veja o vídeo!


Se por acaso eu me perder
Me mostre meu amor
Eu posso esquecer
Mas não posso esquecer
Os caminhos pra voltar

Eu nunca precisei que esses ícones chegassem ao fundo do poço pra ter noção de onde o ser humano pode chegar. Já vi muito isso no meu círculo de convivência. É preciso ficar alerta... pra não ser um castrado/dominado pela sociedade e muito menos pra virar desvairado e no final quem sabe, um morador de rua.

Fica a tristeza de ver o artista que ajudou a escrever “Ainda É Cedo”, “Daniel na Cova dos Leões”, “Quase Sem Querer”, “Acrilic On Canvas”, “Plantas Embaixo do Aquário”, "Angra dos Reis", “Mais Do Mesmo” e ainda fez o arranjo em “A Dança”, ter chegado a esse ponto. Mas fica a torcida pra que ele se reencontre com quem ele é desde o nascimento: Renato da Silva Rocha. Porque talvez ter sido Billy ou Negrete tenha sido uma das piores coisas na vida dele. Mas ainda há tempo. Que ele se ajude!

um ser humano que precisa lembrar que é Renato da Silva Rocha

Um morto pela AIDS, um tentou virar produtor, outro batalhou com seu trabalho autoral e agora Renato Rocha na rua... esse é o saldo das pessoas que formaram a minha amada Legião. 

Mas obra é eterna e imaculada.


Amo! Faz falta...


E hoje vejo que realmente eu cresci.


Rafael Corrêa

quinta-feira, 8 de março de 2012

Respeite sempre! Você é um entre 7.000.000.000

De vez em quando nos deparamos com pessoas que tentam impor estilo de vida, códigos, pseudo-verdades e outras tolices... normalmente essas pessoas não suportam alguém que discorde e que possa (mesmo que por um momento) mostrar a fragilidade de algum argumento. Aí atacam, falam alto e causam constrangimento geral. Em alguns casos poderão usar algum cargo ou posição social pra tentar impor algum respeito e substância ao assunto. Como se fizesse alguma diferença...
Se te perguntarem: “você sabe com quem você está falando?”.
(A resposta vale também para os arrogantes, pedantes, soberbos e pros eternos “donos da verdade”.)

Quem és tu? Tu és um indivíduo entre outros 7 bilhões de indivíduos, que compõe uma única espécie entre outras 3 milhões de espécies já classificadas, que vive num planetinha que gira em torno de uma estrelinha, que é uma entre outras 100 bilhões de estrelas, compondo uma única galáxia entre outras 200 bilhões de galáxias num dos universos possíveis e que vai desaparecer.

(Tirei de um vídeo do Mario Cortella)


Respeite o próximo e suas diferenças... SEMPRE!
Você está aqui... não dá pra ver né?
 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Mentiras


Todos temos anseios, ambições, projetos, frustrações e mágoas... é natural. É muita gente no mundo. Muita gente diferente.
Alguns tem uma visão política conservadora, outros acreditam no plano espiritual, outros precisam comprar. Muitos traçam metas, se cobram e cobram todo mundo... alguns não estão nem aí.
Alguns parecem ter padrões morais sem mancha... mas em oculto colecionam pequenos desvios de conduta.
Alguns se jogam nos excessos sem pensar em nada e em ninguém.
Muitos abraçam e defendem (principalmente nos momentos que não devem...) causas nobres, mas tem problemas familiares que poderiam ser resolvidos com um pedido de desculpa sincero.
Os sofredores tentam entender o porque dos porques.

Tudo isso se transforma em nada quando pensamos que a vida é finita.
Sem velhos clichês, mas acho que a coisa mais maravilhosa da vida é estar em paz consigo mesmo. E pra chegar nesse estágio avançado uma coisa vital e importante é não mentir. Tudo que precisa ser mantido em segredo tem uma natureza controversa e na maioria das vezes maligna. Nunca vi uma “mentira do bem”... é sempre algo pra mascarar falsidade, iludir sentimentos e levar vantagem.
Ser sincero e honesto não tem nada a ver com falta de educação e deselegância... que isso fique claro! Ninguém precisa sair falando tudo a todos. Principalmente no mercado de trabalho e pra conhecidos. Na maioria das vezes o silêncio e uma postura firme livram a pessoa de coração e mente sã de qualquer situação onde até as “mentirinhas bobas” sejam necessárias.


No plano pessoal a verdade deve imperar. São pessoas com as quais dividimos nossas vidas. Mentir é uma traição e trará dor. Se mentimos há algum problema... e normalmente é com a gente.
“Que hipócrita... mente pra caramba!” poderão dizer alguns... já menti muito, e por isso sei bem o que a mentira pode causar.
“Isso é impossível! Só minto pra evitar problema... não quero confusão.” E quem te salva da sua confusão interior? E quem vai ser o juiz quando as mentiras começarem a aparecer? E elas sempre aparecem...
A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros. (Anais Nin)
Não escrevo esse texto pros mentirosos compulsivos que tem que mentir pra esconder quase que tudo... esses precisam amadurecer muito ainda. Escrevo pras pessoas comuns que mentem por tolices, que reprimem sentimentos e atitudes que não são da conta de ninguém. É como a frase acima. Mentem pra passar uma imagem idealizada que no fundo é tudo que a própria pessoa detesta (tem uma música dos Ramones que eu adoro que se chama “Eu não quero crescer”. Amo a parte que diz: “Parece que as pessoas se tornam coisas que nunca quiseram ser. A única coisa para se viver é o hoje”). O mentiroso mente entre outras coisas pra ser aceito. Uma batalha tola e desgastante. Se alguém não te aceita como você é, a relação com essa pessoa é uma mentira. Mas é preciso coragem pra se assumir.

Uma das piores coisas desse universo mentiroso são as “confrarias da mentira”... são grupos de pessoas que mentem pra proteger alguém ou pra se proteger. Alguns sentem até prazer nisso. Talvez por de certa maneira sentirem que pertencem a um grupo... ter em pelo menos um momento da vida alguns “iguais”. Cuidado que você pode se tornar membro de uma, sem sequer ter sido convidado. Isso acontece quando você tem que encobrir a mentira de algum viciado em mentira. No começo pra fugir de problemas ou por “amizade”... depois de um tempo viciados desse tipo cobrarão que você minta sempre por eles. Será uma obrigação. Você não terá contado e nem terá parte no ato que gerou a mentira inicial, mas terá que mentir pra encobrir... ou seja, sofrerá e terá as mesmas encheções de saco de quem mentiu, porque no final você também mentiu! Só que por outro. Haverão cuidados e autorizações pra falar sobre coisas naturais pra você e pra sua mente, troca de olhares aflitos pra saber se dá ou não pra citar certas coisas, pedidos absurdos... livre-se disso enquanto é tempo! Porque quando acontecer qualquer problema os mentirosos acharão que a culpa é de quem falou... vale lembrar que acidentalmente ou intencionalmente a culpa pelas turbulências que virão (e acredite: elas virão!) não é de maneira nenhuma de quem falou, E SIM DE QUEM FEZ QUALQUER COISA PELA QUAL PRECISOU MENTIR. Mas eles não acreditarão. Precisarão de algum culpado. Não pra enganar as pessoas (ou a pessoa) pras quais eles sempre mentem. Mas pra se enganarem de que não são culpados e o mundo que é sacana e injusto (ou sei lá o que pensam essas figuras)... graças a Deus eu tive uma mãe que no meio de qualquer problema que eu havia causado nunca passou a mão na minha cabeça... aliás corrigia com um “quem mandou fazer merda!?”. Valeu mesmo!

Quer mentir? Pelo menos não inclua ninguém em suas tolices. Aliás essa é uma regra pra todo e qualquer assunto: cada um com os seus problemas. Mas mesmo que você seja um expert na mentira nunca esqueça que você está se enganando. Já dizia o Renato Russo: “mentir pra si mesmo é sempre a pior mentira.”

Tem um verso genial e fatal da Maria Gadú que sintetiza tudo que escrevi pra que tenhamos paz: “Quando mentir for preciso, poder falar a verdade.”

Fiquem com a paz de Deus!

Beijos e abraços,

Rafael Corrêa

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Você faz diferença! Seja o sal da terra!!!



Ontem me lembrei de um trecho da bíblia (mesmo que você não creia achará interessante) onde Jesus ensinava na montanha.
Vós sois o sal da terra; e se o sal for sem sabor, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte;
Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.
Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 5:13-16


Há tempos ouvi um pregador que disse (baseado nesse texto): um pouco de sal pode fazer toda a diferença num prato. Assim como cada um de vocês!

O que me fez pensar nisso foi uma matéria sobre um crime bárbaro. Um estupro coletivo. Que acabou ainda com duas mulheres assassinadas. Em poucas palavras: fizeram um aniversário, atraíram algumas mulheres e simularam um assalto. Trancaram as mulheres numa sala e os homens em outra... e começou a barbárie. Todos os homens na festa estavam envolvidos. Todos eram conhecidos das vítimas. No meio do estupro duas das mulheres reconheceram os malditos... e foram executadas. Pra se ter uma base alguns foram presos no velório das moças. 10 homens foram presos.
A minha pergunta é: será que um só bom espírito não seria capaz de impedir todo o esquema? De abrir os olhos do primeiro que falou sobre esse plano? Que fosse censurando e dando uma idéia como pagar prostitutas ou ir atrás de quem quisesse bagunça ou pondo medo e sendo duro com a mente que estava tramando aquilo e com as que já tivessem concordado com a maluquice.
Me fez pensar também no goleiro Bruno... uma pessoa normal poderia falar: “Bruno, você ganha uma puta grana... mais de R$200 mil por mês... dá R$10mil pra ela velho... você vai pra Copa. Você é um campeão brasileiro.” Ou até uma Suzane von Richthofen. Se o irmão do namorado falasse algo que iluminasse a mente do casal maluco talvez nada tivesse acontecido...

Não tiro a culpa de nenhum desses criminosos ou de pessoas que sistematicamente cometem maldades e delitos magoando e destruindo vidas, mas tem culpa também quem se omite de ensinar, de aconselhar, de censurar e até de denunciar... FAÇA A DIFERENÇA!!! Não compactue com o mal nunca. Seja em pequenos delitos ou em fofocas. Não estimule nunca a malícia.  

Vai saber quando uma boa palavra poderá fazer toda a diferença...

O problema é que hoje em dia ninguém está muito aí pra nada... está bem “cada um por si”, tipo “se não é comigo que se foda”. E assim os bons se calam e a coisa vai desandando. E como no versículo bíblico: o sal perde o sabor, a utilidade e é pisado pelos homens.

Sem o sal vamos colecionando esses pratos sem sabor e na maioria das vezes totalmente indigestos.

Mas cuidado com pregação exagerada e hipocrisia... muito sal também faz mal!

Um super abraço e fiquem com Deus!