segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

2013 e os novos virtuosos x eternos críticos e as tragédias pra nos acordar

Agora é a hora.

Salve gente! Mais um ano começou... feliz 2013! Costumo dizer que dizer que há um hiato entre o dia 15 de dezembro e o final do carnaval... tudo fica meio suspenso... as festas, as férias e o trabalho pra arrumar tudo depois das férias deixa todos meio aéreos. Depois tem o carnaval. Sem dúvida é um feriado importante... depois dele o povo sabe que tem que trabalhar de verdade. Voltar ao velho (ou novo? Já explico...) ritmo. Por isso janeiro voa.
Não acho exagero quando dizem que o Brasil só funciona depois do carnaval... e que bom que o carnaval é bem no começo de fevereiro... aí já começa logo!

Muitas das promessas começam a cobrar novas atitudes agora no final de janeiro. Como se dissessem: "e aí? Já virou o ano, passaram as férias e já vai acabar o 1o mês... vamos!?". Vai fundo! Acredite! Lute! Mude! Inove! Se você fez alguma promessa, plano ou projeto é porque no fundo tem um desejo de mudança. Creio que Oscar Wilde que disse que a insatisfação é o primeiro passo para o progresso de um homem ou nação. Então vai!
De o telefonema. Faça o pedido. Peça desculpa. Desculpe. Emagreça. Engorde. Beba menos. Beba mais. Trabalhe mais. Trabalhe menos. Ria mais. Ria mais.

Faça o que VOCÊ pode fazer. Nada de esperar pelos outros. Projetar nos outros. Culpar os outros.
Quer algo dos outros? Conquiste, mereça.
Foi destratado pelos outros? Esqueça.
Descobriu quem são os outros? Não esqueça e esqueça.
Siga.

Porém há uma grande diferença em querer melhorar e ter novas atitudes e apenas falar pra se aliviar e pra comover.
Normalmente quem decide mudar de verdade, mentaliza e age em silêncio... afinal a mudança só diz respeito num primeiro instante a si próprio.
Há um versículo emblemático sobre isso: "Seja outro o que te louve, e não a tua boca; o estranho, e não os teus lábios." Provérbios 27-2

Os novos virtuosos costumam "mudar" e pregar a novas mudanças entre o fim do ano até o meio de março. Só falam sobre a nova vida, os novos hábitos. Tudo novo! Mas nada é real. Como antes diminuem e julgam a tudo e a todos. Até abril terão desaparecido.
Junto com os novos virtuosos vem os eternos críticos dos novos virtuosos. Menosprezam e debocham de qualquer tentativa de mudança. Esperam com ansiedade o projeto da pessoa perder força, o primeiro "deslize", a desistência. Quando isso acontece vibram por dentro e se "solidarizam": "você é isso mesmo! Mudar pra que!?". No fundo morrem de medo da mudança alheia porque é a afirmação de que alguém pode conseguir o que eles jamais conseguiram: evoluir como pessoas.

Os dois tipos são confusos. Mas prefiro os novos virtuosos. Vejo neles uma fanfarronice, uma quase inocência... e nas tentativas de mudar podem tomar gosto pela mudança e mudar de verdade.

Nos eternos críticos vejo maldade, frustração, inveja e nenhuma vontade de mudar. São tóxicos.


Quando a pessoa entende que a mudança real é em silêncio e que os exemplos valem mais do que pregações e lições de moral, ela fica mais perto da paz de espírito.
Digo mais: feliz de quem não projeta mudanças. De quem muda com o andamento do minuto. Buscando inovação e o bem não por dogmas ou objetivos e sim por amor, realização pessoal e pra ajudar o meio em que vive.
Renato Russo citou no encarte do "As Quatro Estações" que a parte de dor e desejo de "Quando O Sol..." é do Livro do Caminho Perfeito. Li e achei partes muito interessantes: "O sábio executa suas tarefas sem agir e transmite ensinamentos sem usar palavras."

Não entender que podemos ser tudo agora (inclusive feliz) e que na vida o presente é o maior presente é o início de toda a dor. "Tudo é dor. E toda dor vem do desejo de não sentirmos dor". Não sinta. Viva. Agradeça. Como disse Walt Whitman: "nunca houve tempo melhor do que esse". Concordo e reafirmo: nunca.


Recentemente duas tragédias mexeram comigo. A tragédia ontem na boate de Santa Maria - RS (fiquei sabendo meio que em tempo real pelo twitter) e a queda do muro da Cianê no futuro Shopping aqui em
Sorocaba.
Não fiz e não farei comentários técnicos (nem tenho capacidade pra isso) ou afetados sobre normas, segurança, capacidade de evitar as tragédias e afins. Que as responsabilidades sejam apuradas e os culpados em todos os âmbitos e esferas sejam punidos.
Focarei na perda das vidas e como isso nos afeta e tem que fazer com que a gente valorize o momento.

Foi triste ver os relatos do que aconteceu no RS. Imagino a dor e a angústia... há pouco eu estava trabalhando em São Paulo e vi na internet que o tal muro da Cianê havia caído e matado gente (7 pessoas) em Sorocaba. São quase 600.000 pessoas, mas meu coração gelou. Era semana da véspera de Natal e meus próximos poderiam estar lá. Não sosseguei enquanto não falei com todos. Imagino como me sentiria se não conseguisse falar. E nem consigo imaginar o que sentiria se o pior tivesse acontecido. Por isso respeito a dor de cada pessoa que perde alguém. Principalmente numa morte não natural. Tragédia, acidente, massacre, assassinato... isso faz ainda mais que eu deseje que cada um ache a sua luz e viva a vida de uma maneira leve, honesta, corajosa e positiva.

Então o momento pra se desprender, tomar atitudes, evoluir e ser feliz é agora.
Porque do amanhã sinceramente eu não sei. Nem ninguém.

Meu Mestre já disse há muito tempo quando estava em uma montanha falando com o povo: "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã; porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal."

"Bem que eu te avisei que um dia eu ia desistir de tentar ser feliz. Porque eu já sou." - trecho de "Tudo Que Fiz".


Acredite!

Rafael.