quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

⚜ LEVANTA-TE E ANDA!


POSTEI ESSE TEXTO EM 2018 e repito a dose... que sirva a algum coração aflito. 
Em época de Natal e de pensar em Jesus (o que quase ninguém mais faz... é só consumismo, Papai Noel - que foi popularizado pela Coca-Cola, comilança e picuinha) fica uma historieta triste mas que pode servir de impulso pra alguém... 

A foto não é da moça. Peguei aqui na Internet...

{ Certa vez eu estava num bar (onde eu toquei por anos em São Paulo) e uma moça chegou com um bolo, decorou parte do salão com umas bexigas e sentou em uma grande mesa...

A noite foi passando e nada de chegar alguém.

Em determinado momento o gerente avisou que tirariam uma mesa... depois outra... depois outra... até que ficou apenas uma.

Quase no final da noite ela chamou o gerente e perguntou: "Vamos cantar os parabéns?".

Pegaram o bolo, todos garçons ficaram em volta da mesa, cantaram, comeram e ela foi embora.

Do palco eu a vi indo embora sozinha em direção ao seu carro. Naquela noite creio que a vida dela mudou.

Como disse o Mestre na Palavra:

[ Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas.
Eles, porém, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio;

Então diz aos servos: As bodas, na verdade, estão preparadas, mas os convidados não eram dignos.
Ide, pois, às saídas dos caminhos, e convidai para as bodas a todos os que encontrardes.
E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial foi cheia de convidados.

Mateus 22:4,5-8,10 ]

A vida segue. Alguém não quis? Chame outra, outro, outras e outros e anda.

LEVANTA-TE E ANDA! }

quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

A esquina da feira

Durante anos trabalhei na feira livre.

Aos domingos era na frente dessa casa de esquina que ficava parte da banca onde eu trabalhava... bem em frente dessa placa de sentido obrigatório...

Era legal esperar alguns dos meus amigos da época que sempre passavam por ali após a missa... ficavam sentados/encostados no murinho (que ainda não tinha o portão) só falando besteirada... alguns comiam um pastel e falavam das meninas (90% dos assuntos era isso), de casos engraçados e sobre a noitada que viria... ia todo mundo na ADPM (milhares de jovens dançando os famigerados passinhos e depois as lentas... com situações engraçadas e constrangedoras que nenhum filme, nem de drama ou de comédia, jamais conseguiu reproduzir)...
Muitas vezes passo em certos lugares e quase que vejo as pessoas e as cenas acontecendo... quase que uma visão do passado, do multiverso... ou só uma imaginação fértil regada à cajibrina... mas nessa esquina não consegui ver muita coisa. Mesmo me esforçando.

Sem dúvida existem lugares e situações que geram uma memória afetiva... mas na maior parte das vezes são as pessoas.
É tudo sobre pessoas.

Adianta ir até aquela praia agora? O que terá lá? Mar, areia, uma praia mais urbanizada, ou mais conservada, ou mais depredada... talvez mais elitizada... mas jamais haverão aqueles sorrisos, aquelas baboseiras, aquele beijo...

Aquela chácara, aquele barzinho, aquela casa... não são nada. São imóveis... sem vida. Incapazes de gerar gargalhadas ou choro... no fim o que vale são as pessoas. (Tudo bem que algumas não valem nada no fim. Mas isso já é outra história...)

Há tempos li na VIP um texto comovente do Fábio Hernandez (pseudônimo do saudoso Paulo Nogueira que depois fundaria o DCM) que falava sobre "a" esquina... depois postarei inteiro aqui. 
Falava sobre como um dia ninguém mais foi...

"Nós não nos despedimos. Apenas um dia deixamos de aparecer naquela esquina em que cabia o mundo, e à qual às vezes volto, na imaginação e na saudade, em noites frias e escuras na busca do calor e da luz que a mera lembrança dos meus amigos traz."

Um dia saí da feira... mudaram meus círculos sociais... minhas metas, minhas companhias... tudo.

A feira era um tipo de teatro... a esquina um tipo de palco... e nós os atores iniciantes e canastrões buscando algum destaque... muitas vezes sendo ajudados pelo Diretor,  outras vezes O ignorando completamente... e sofrendo todas as consequências disso.

Aquele ato terminou há tempos. E seguem outros.

Pessoas. Pessoas. Sempre pessoas.

Talvez meu esforço pra tentar rever aqueles moços ali no murinho é uma busca por uma nesga do que fui e do que senti em tempos mais pueris.

Porque como disse o Russo, mesmo crendo com minha alma que o melhor tempo é o agora, esses são dias desleais.

Mas creio em Deus. Creio no amor. E ainda creio em algumas pessoas.

Amém. Amem.

quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Marketing dos marketings, tudo é marketing


Muito se fala sobre o PSG e do festejado Messi, da jóia-futura lenda-garoto de ouro Mbappé (que tava louco pra sair), do violento Sergio Ramos (agora pintam até como jogador leal) e do influencer e magoado Neymar...

Mas ninguém comenta que o PSG PERDEU O TÍTULO do campeonato francês 2020-2021 para o Lille.

Assim como ninguém fala sobre a Inglaterra e sobre a Itália que fizeram a final da Euro... a "lenda viva e (adicione uns 5 adjetivos aqui) Cristiano Ronaldo" mesmo caindo com Portugal nas oitavas de final ao perder por 1x0 da Bélgica continuou sendo mais citada do que os próprios times que seguiram em frente...

É tudo marketing.
A tal moça do skate que só arrumou confusão na Tokyo 2020 (Letícia Bufoni) e nem foi à final, é figura onipresente em dezenas, centenas de postagens... (deve ter a carreira gerenciada por algum grande escritório)... quantidade de carros e motos, provocações com o Medina e namorada, "vazamento" de print com telefone do Ítalo Ferreira e afins.

Do Kevin Hoefler e do Pedro Barros (com um discurso sensacional) ninguém lembra.
(A Rayssa não conta porque tem por si só o apelo da pouca idade... então foi um feito muito marcante que não precisa de mídia ou de marqueteiros...)

Ame este, ignore aquele, engula este outro, não dê atenção pra aquele ali... ame este, ame esta, ame esses dois brincando...

É irreal.

Do nada pululam até matérias do filho do Cristiano (ou CR7 como gostam os fãs)...

Se fala mais de esportistas pelas assinaturas dos contratos, pelo tamanho do patrimônio, por engajamento social pra inglês ver, pelas confusões e afins do que pelos feitos na sua área de atuação.

Assim também acontece na música e na arte... do nada sabemos que cantora está em diretoria de banco, que tatuou o ânus e outras coisas... sobre música mesmo, pouco se sabe.

Do nada temos até a moça que venceu reality show gravando disco... não interessa a música (que ouvi e achei algo bem sem sal), não interessa a história, não interessa quantas boas cantoras e cantores mereciam uma chance... ela venceu o programa.
Ela será empurrada a todo custo e enquanto comprarem essa ideia, vamos cada vez mais longe.

É a minha percepção... e eles sempre acabam citando os ganhos (financeiros e de seguidores) desses novos ídolos... como se os ganhos financeiros compensassem o raquitismo existente na sua área primária de atuação...

Se o PREGADOR dizia "Vaidade de vaidades, diz o pregador, tudo é vaidade.", eu me arrisco a dizer "Marketing dos marketings, diz o cantor falido, tudo é marketing."

Resumindo: o Lille foi o campeão francês de 2020-2021.

quarta-feira, 8 de setembro de 2021

Era uma igreja muito engraçada...

                                  sonho 

... não tinha teto, não tinha nada. (Mas tinha a presença de YHWH, do Messias e de Ruach Kadosh).

Essa noite, eu tive um sonho de sonhador, maluco que sou... sonhei com uma igreja esquisita.

Ela não tinha muros, piso, púlpito, bancos ou aparelhagem de som.
A igreja era só as pessoas.

E as pessoas não tinham títulos ou cargos, ninguém era chamado de líder, pois a igreja tinha só um líder, o Messias.

Ninguém era chamado de mestre, pois todos eram membros da mesma família e tinham só um Mestre.
Tampouco alguém era chamado de pastor, apóstolo, bispo, diácono, cooperador, ancião ou irmão. Todos eram conhecidos pelos nomes, Maria, Pedro, Afonso, Julia, Ricardo...

Todos os que criam pensavam e sentiam do mesmo modo.
Não que não houvesse ênfases diferentes, pois Paulo dizia: “Vocês são salvos por meio da fé. Isso não vem das obras, para que ninguém se glorie”, enquanto Tiago dizia: “A pessoa é aceita por Deus por meio das suas obras e não somente pela fé”.
Mas, mesmo assim, havia amor, entendimento e compreensão entre as pessoas e suas muitas ênfases.

Não havia teólogos nem cursos bíblicos, nem era necessário que ninguém ensinasse, pois o Espírito ensinava a todos e cada um compartilhava o que aprendia com o restante.

E foi dessa forma que o Agenor, advogado, aprendeu mais sobre amor e perdão com Dinorá, faxineira.

Aline, juíza, aprendeu mais sobre justiça com Davi, carteiro.

Não havia gente rica em meio a igreja, pois ninguém possuía nada.
Todos repartiam uns com os outros as coisas que estavam em seu poder de acordo com os recursos e necessidades de cada um.

Assim, César que era empresário, não gastava consigo e com sua família mais do que Assíria, ajudante de cozinha.

Assim todos viviam, trabalhavam e cresciam, estando constantemente ligados pelo vínculo do AMOR, que era o maior valor que tinham entre eles.

Quando eu perguntei sobre o horário de culto, Lia não soube me responder e disse que o culto não começava nem acabava. Deus era constantemente cultuado nas vidas de cada membro da igreja. Mas ele me disse que a igreja normalmente se reunia esporadicamente, pelo menos uma vez por semana em que a maioria podia estar presente.

Normalmente era um churrasco feito no sítio do Eloy e da Amélia, mas no sábado em que eu participei, foi uma macarronada com frango na casa da Filomena. As pessoas iam chegando e todos comiam e bebiam o suficiente.

Depois de todos satisfeitos, Paulo, bem desafinado, começou a cantar uma canção. Era um samba que falava de sua alegria de estar vivo e de sua gratidão a Deus. Maurício acompanhou no cavaquinho e todos cantaram juntos.

Afonso quis orar agradecendo a Deus e orou.

Patrícia e Bela compartilharam suas interpretações sobre um trecho do evangelho que estavam lendo juntas.

Depois foi a vez de Rafael puxar uma canção. Era um bolero triste, falando das saudades que sentia do pai Eli que havia falecido há bastante tempo. Todos cantaram e choraram com ele.
Dessa vez foi Tiago que orou.

Outras canções, orações, hinos e palavras foram ditas e todas para edificação da igreja.

Quando o sol estava se pondo, Filomena trouxe um enorme pão italiano e um tonelzinho com um vinho que a família dela produzia.
O ápice da reunião havia chegado, pela primeira vez o silêncio tomou conta do lugar. Todos partiram o pão, encheram os copos de vinho e os olhos de lágrimas. Alguns abraçados, outros encurvados, todos beberam e comeram em memória de Cristo.

Acordei com a Inquisição batendo à minha porta.
Ali estavam reis, sheiks, presidentes, governadores, prefeitos, deputados, senadores, vereadores, pastores, bispos, policiais, ditadores, oligarcas da mídia, bilionários e um mandado de busca.

Disseram que houvera uma denúncia e que havia indícios de que eu era parte de um complô anarquista para acabar com a religião.
Acusaram-me de freqüentar uma igreja sem líderes, doutrina ou hierarquia; me ameaçaram e falaram: “Ninguém vai nos derrubar!”.

Expliquei: “Vocês estão enganados, não fui a lugar nenhum, não encontrei ninguém ou participei de nada... aquela é apenas a igreja dos meus sonhos... com liberdade, lazer, paz, verdade e a PRESENÇA DE DEUS."

(Como invadiram os meus sonhos eu não tinha a mínima ideia... até que falaram do Programa Incubação de Sonhos Direcionada. TDI - Targeted Dream Incubation.
Apoiado pelo Burger King, Xbox e a cervejaria Molson Coors.

Mas aí era tarde. 
Lavaram meu cérebro e com o MK Ultra virei um escravo do sistema assistindo BBB, invejando no Instagram, defendendo governante no Facebook, rindo debilmente no TikTok, cultuando o dinheiro e esquecendo de mim mesmo de Deus e, consequentemente, de mim mesmo...)

Que Deus nos proteja.
Amém.

quinta-feira, 2 de setembro de 2021

Whindersson no ROCK IN RIO

Sinceramente não tenho nada contra celebridades construídas que vendem milhões, tem milhões de seguidores e NENHUMA relevância.
Que ganhem seu dinheiro fazendo uma música descartável.

Mas, PRA MIM, o Rock In Rio perdeu qualquer respeitabilidade quando botou um youtuber (não dá pra chamar de ator... vi uns minutos daquele "Os Parças 2" com ele, Tom Cavalcante e o Tirulipa... bizarro) tosco pra fazer paródia do Guns n' Roses usando só "não sei o que lá" como letra.

Quem sou eu pra julgar o humor desse cidadão? (Afinal ele tem milhões de seguidores... UAU!)
Mas não me surpreendi quando ele supostamente foi trocado e talvez chifrado por uma moça e um cara que eu também não tinha ideia de quem eram... e isso chegou até mim por mil notícias e postagens.

E depois fiquei sabendo que não foi assim e a moça era inocente.

Aí do nada fiquei sabendo sobre um aborto que a nova companheira do "humorista" sofreu.

(No meio de tudo isso as declarações dele sobre depressão... respeito quem sofre dessa doença mas preciso pensar melhor sobre uma pseudo-celebridade tirando sarro num minuto e no outro com essa conversa de depressão... vi muitos artistas com essa conversa... é algo estranho.)

Agora ficam conversinhas sobre se ele volta ou não com a primeira moça.

Detalhe: com a cara sempre arrebentada e cada vez com mais tatuagens pra lá de toscas... (de alguma maneira a aparência lembra a do Tico Santa Cruz).

                      Que exemplo de vigor.

Um escravo do sistema que vende cada vez mais a boçalidade, um misto de sucesso/fracasso e NADA DE RELEVANTE.

Repito: os artistas pop serem nada, tudo bem.

Mas esse tipo de demência e tolice NÃO DÁ PRA ACEITAR.
Outra coisa: Medina e todos que montam aquilo são toscos...

Mas cada um que estava na frente daquele rapaz naquela apresentação também tem muita culpa no cartório.

quinta-feira, 29 de abril de 2021

DEFLORAÇÃO ON-LINE

 

CADA UM POR SI. Respeito as liberdades individuais. Por isso também me sinto no direito de fazer algumas observações.

Ontem no Twitter vi uma prostituta (com milhões de seguidores) anunciando que ia tirar a virgindade de um mocinho. 

O assunto estava em primeiro lugar durante a madrugada. (Entrei porque vi o nome que era o mesmo de uma grande marca. Imaginei qual o porquê de tal marca estar em primeiro naquela hora? E deu nisso.)

Pelo que eu entendi com as falas dela, o pai levaria o filho pra ter a sua primeira noite.

O Twitter em polvorosa. “A fulana vai acabar com ele”. “Essa eu quero ver” e outras bobagens.

Sociedade do Espetáculo

E assim aconteceu. 

Chegou um homem (não dava pra ver as cabeças) com jaqueta de aviador com um moleque magrelo com camiseta do Black Sabbath e ela até brincou “Você é roqueiro?” e o homem foi embora.

Ela já estava com trajes mínimos cheios de transparência. Tipo uma colegial.

Enfim. 

Tudo transmitido ao vivo. Vendo rapidamente o tal perfil vi carros importados, hotéis de luxo e tudo que envolve uma vida assim ou das tais “sugar babies”.

O tal garoto deu um maço cheio de notas de R$100,00 pra ela e daí vi uma fala dela sem o garoto ver (mas que verá depois) “O pai é muito gostoso. Mas nem me olhou. E olhem como eu estou.”

(Quem sabe o pai não volta? Tem maluco pra tudo. Pra se comparar com o filho. Ou até já transou com ela. Vai saber.)

Enfim. O último vídeo era do rapaz massageando os pés dela numa banheira. E ela escreveu algo como “ele é bonzinho”; e antes ela havia dito que ele nem tem Instagram e que não gosta das redes.

E foi isso.

Vendo isso minha mente começou a trabalhar, a ligar alguns pontos e a fazer alguns questionamentos...

 

Primeiramente posso dizer que entendi o sucesso de artistas como uma tal de Cardi B que tem uma das letras mais baixas que eu já vi e ainda assim ganhou o título de personalidade do ano por causa do empoderamento e muito blá blá blá.

Trechos de uma “letra”.

“...Se ele tem dinheiro, então é ele quem eu quero

Buceta sem limites igual o cartão dele... 

...Eu cuspi no microfone dele e agora ele está querendo assinar um contrato comigo...

Tem umas vadias nesta casa”

 

Quando li não entendi como faz sucesso e tudo mais... mas não tenho idade pra entender o que está acontecendo com a indústria do entretenimento (digo entretenimento porque nem considero isso música... isso e muitas outras coisas com batida eletrônica, vozes distorcidas e clima soturno).

Do nada vemos uma Anitta ter ibope por um vídeo onde exibe uma bunda com celulite de um corpo que obviamente não é o seu.

“Tenho o corpo perfeito (para os padrões), mas vendo (de vender) que tudo bem ser como cada um é e a galera me aclama sem sequer questionar se o corpo é meu ou não.”

A Cardi B meio que fala de prostituição e todos acham sensacionais por causa que ela faz o que ela quer. Legal.

Dezenas (ou centenas) de milhares de moças vivem de pequenos serviços sexuais mas não como prostitutas, como “sugar baby”. O que nada mais é do que uma maneira suave de definir prostituta.

Puta de um cara só ou de alguns. Mas puta.

Isso (talvez inspirado por ver centenas de “influencers” milionárias) leva à pergunta: qual a influência dessa glamourização exacerbada da vida de prostituição, sugar baby ou piriguete que vive atrás de lancha e “champa”?

Qual é o impacto cultural e social disso?

 

Quantas meninas desejarão seguir esse caminho porque acham tudo muito lindo pelo que é passado por essa gente?

(VOU DEIXAR CLARO AQUI DE NOVO: CADA UM COM A SUA VIDA. SEJA FELIZ.

E EU SIGO DIVAGANDO. TENHO ESSE DIREITO.)

Falarei um pouco mais sobre a moça, mas nem é o ponto principal nesse texto.

 

Sei lá. Antes ouvíamos as histórias das moças que se prostituíam pra pagar a faculdade. 

Hoje vejo isso tomando proporções descabidas.

Já vi o que isso faz. 

Vi uma jovem com bons ideais políticos e mente forte ceder ao luxo e à futilidade.

Hoje, ao que tudo indica, é acompanhante de luxo.

Vi outra que tinha asco desse mundo.

Aos poucos foi cedendo e hoje também vive pra isso.

Virou uma pessoa meio que amarga.

Apesar das fotos felizes e sensuais em lugares paradisíacos.

(Tudo isso tem relação com o fato de dono de puteiro famoso brigar e muito contra o crescimento cultural e econômico do país.

Menos educação, mais renda concentrada, menos oportunidades, mais moças dispostas a se prostituir.)

Enfim. 


Dá pra viver assim e ser feliz? Talvez. Não sei.

Podemos ser felizes em inúmeras situações. 

Tudo depende da bússola que nos guia e do que temos no íntimo.

O corpo (E O DINHEIRO), mais do que nunca, é absurdamente valorizado na sociedade atual. (Por mais que finjam que não)

Ao se declararem empoderadas, tiram a roupa pra mostrar que podem. Muitas vezes com corpos fora do padrão, na imensa maioria com corpos esculturais que geram likes e uma receita financeira que beira o irreal. 

A cantora Pitty causou frisson na internet ao postar uma foto nua. Com corpo sensacional (para o velhos padrões que ainda é o padrão... por mais que finjam que não. Amam ver uma dançarina com obesidade quase mórbida mas se masturbam mesmo, homens e mulheres, com a bunda da cantora Pitty ou da Iza).

Talvez ganhe mais com o Instagram, patrocínios e convites pra apresentar programas de TV, do que fazendo música.

Ela é livre. Que lucre.

 

Ninguém merece ser só mais um bonitinho!?


(Antes havia a Playboy. A VIP.

Sempre houve a nudez, sempre houve a prostituição. 

Mas agora tudo é meio embaralhado, meio que mascarado. Playboy era feio, gerava negociações infinitas com a personalidade a ser clicada... hoje há a foto da nudez porque ela pode... sim. Pode e ganha muito. Assim como as modelos da Playboy.)

 

Fiquei meio chocado ao ver a quantidade de pessoas apoiando a profissional que defloraria o rapaz.

 

Virou circo.

 

Claro que ela pode viver bem e fazer o que bem entender. Talvez seja melhor assim do que ser uma prostituta explorada num bordel do interior.

Está no inferno, abrace o diabo.

 

Antes tivemos a Bruna Surfistinha... com seu blog onde dava notas e comentava. Talvez se houvesse a tecnologia também faria as coisas meio ao vivo. Vai saber? 

O final foi lastimável. (Se bem que depois faturou com o livro e filme... mas nada apagará as desgraças nas profundezas da mente... sem contar o racha familiar... se acha que ela tem esse direito, eu te respeito. Porém pense se você acharia normal sua filha ter vivido a vida dela. Cuidado com a compreensão da vida alheia.)

 

Não podemos ignorar que o inconsciente coletivo se constrói aos poucos.

A CIA bancava filmes e obras artísticas. Nada é por acaso. 

 

Falando do que realmente me chamou atenção nessa situação toda: o garoto. 

O menino levado pra virar um homem de verdade. Um macho.

 

Repito: nada mudou na sociedade. 

Vivemos um momento de leve abertura e com isso veio uma avalanche de hipocrisia que começa a ser desmascarada com vídeos como esse.

 

Nunca gostei de puteiro. Nunca mesmo. Acho degradante. Clima imundo.

Sempre vi como bizarra a obrigação dos meninos de transar a qualquer custo. Isso criou uma geração de ansiosos, de perturbados.

 

A vida inteira perguntam o porquê do homem ser um lixo e jamais pensaram nas obrigações que cobram dos rapazes.

“Tem que ganhar dinheiro.”

“Tem que arrancar cabaço.”

“Não comeu, outro vai comer.”

“Tem pau pequeno.”

E por aí vai.

 

Do nada estamos voltando a sei lá qual época.

 

Acho a sexualidade uma coisa muito importante pra ser bestializada dessa maneira com o pai levando o filho pra um espetáculo bisonho.

 

Talvez o moleque tenha gozado várias vezes. A primeira com poucas “bombadas” (como todo adolescente).

Talvez tenha ficado tenso e nem tenha transado.

Talvez seja gay e combinou com a prostituta pra que ela conte uma mentira. Vai saber?

 

Muitos poderão dizer “Eu queria que meu pai me levasse na zona”. Beleza. É a sua visão.

 

O que vejo é um adolescente tímido sendo forçado a algo. Não romantizo essas coisas.

 

(Se o Rodolfo dos “Raimundos” cantava 🎵🎵🎵Foi num puteiro em João Pessoa, descobri que a vida é boa, foi minha primeira vez🎵🎵🎵, ELE falou de um situação que TALVEZ ele viveu. 

Com os primos fazendo a vez do tal pai.

 

Mas normal ele nunca foi. Ficou claro pelos muitos excessos, pelo rompimento com a banda e com a busca quase que desesperada por uma vida religiosa. 

Quase que uma busca por uma dignidade perdida.)

 

Voltando ao tal garoto.

 

Talvez cresça entendendo que sexo se compra. 

Que mulher tem um preço.

Que se quiser “novinha” no camarote e na lancha tem que trabalhar/explorar muito. Como o pai.

Que tem mulher pra casar e mulher pra transar.

 

E daí volta o ciclo do macho provedor, da mulher bibelô e da família fake dos anos 60.

 

Com a diferença de que agora não só ganhar dinheiro, pra ser esse macho que despreza as mulheres, é valorizado. 

Ser a prostituta, de luxo, também é.

 

Sei lá. 

Antes eu via as pessoas admirando artistas e personalidades que inspiravam coisas mais excelentes.

Que faziam você questionar as coisas.

Que te davam força pra você não se conformar. 

 

Hoje vejo um sistema bem azeitado pra voltarmos a sermos o que éramos. 

Mas de uma maneira muito pior. Glamourizando prostituição e pai que leva o filho pra “meter”. 

 

Bruce Dickinson questionava esse mundo de ostentação na faixa-título do seu primeiro álbum solo: 

 

🎵🎵🎵Meninos tatuados com brinquedos caros

Vivendo em uma bolha de pecado

Dinheiro pode comprar quase qualquer coisa...

 

...Guarda-costas, estrelas pornô, cartões de crédito dourados

Um usando o outro. Correndo pela capa.

 

Você e todas as suas companhias

Para mim você são todos iguais

Você e todas as suas companhias

Jogando jogos tolos

 

Eu não quero sua grande cidade brilhando

Eu não quero o seu “lado positivo da coisa”

Eu não quero ser um milionário tatuado 🎶🎶🎶

(Tattooed Millionaire / 1990)

 

A imposição de músicas (talvez o sertanejo ostentação e o funk por aqui e o RAP e POP ostentação fora, com bundas imensas e artificiais) onde só se cultua sexo, dinheiro, camarotes, carros e afins, abriu o caminho pra tudo que vemos hoje com relativa naturalidade.

 

Quando vejo jovens ouvindo músicas com mais do que isso, pensando em algo além de ostentação, sonhando com um futuro melhor e vivendo sua sexualidade de maneira sadia (nota: não há nenhum puritanismo aqui. Apenas não vou relativizar pagar pra ter sexo como algo sadio. PONTO.) penso que ainda temos esperança.

 

Afinal não posso acreditar que tanta luta tenha sido apenas pra que uma mulher tenha o direito de exercer sua prostituição e ostentação com deboche nas redes sociais.

 

E que garotos ainda sejam tratados assim no tocantes às suas virgindades. 

 

Um dia pesquisarão o impacto dessas bobagens em toda a cultura do estupro, do machismo, do ódio aos pais e às mulheres. 

Ou não. Porque aparentemente tudo que querem é manter o sistemão.

 

Uma nota: recentemente houve uma mini-polêmica entre o baixista do Black Sabbath e a tal Cardi B porque ele falou sobre a letra dela que citei.

A galera não quis nem saber: ACABOU com o cara. Chamaram de velhote. De ultrapassado. De sem sucesso.

 

Bom, ele era da banda que escreveu “War Pigs”.

 

Ao ver o garoto lá com a camisa do Black Sabbath e a prostituta celebrada e festejada, pensei que naquele momento a Cardi B venceu. Pelo menos por hora.

 

Podem me chamar de nostálgico, dinossauro, recalcado, MAS NÃO É POR ACASO QUE O ROCK E ARTE FORAM TÃO DESIDRATADOS NOS ÚLTIMOS TEMPOS.

 

(Talvez não por acaso ele estava com a camiseta do “Heaven and Hell”... o primeiro com o Dio. Nesse álbum temos “Lady Evil”: DAMA DO MAL.)

 

Acaso!?

Cabe a ele escolher... heaven or hell.

Haverá uma vida. 

Tudo pode ser reaprendido. Podemos evoluir.

 

Jovens, pais, sociedade.

 

A única coisa que fica na minha cabeça é a música que abre o “Pet Your Friends” do Dishwalla (que não por acaso não obteve um sucesso estrondoso... porem J.R.Richards aparenta ter uma vida bem pacata e feliz com sua esposa...):

 

🎵🎵🎵Tudo sobre o mundo é sexo

E é uma mensagem da cultura popular

Dizendo a todos os nossos filhos como fazer certo

E por toda a inocência deles você pode se perguntar por quê?

Por que a necessidade?

Por que a necessidade de erotizar nossos crianças?

 

Oh nossos lindos bebês

Como eles estão prontos

Oh nossos lindos bebês

Oh como eles não estão prontos

 

Descendo a rua, bela

Existe tensão, para uma criança popular

E não fica muito pior do que isso

Em pequenas camas em quartos pequenos

São as coisas perdidas, são as colheres de prata

Por que a necessidade?

Você não consegue ver todo o dano que isso está causando?

 

Oh nossos lindos bebês

Oh como eles estão prontos

Oh nossos lindos bebês

Oh como eles não estão prontos

 

E te incomoda vê-la embrulhada?

Por que a necessidade?

E por que a necessidade de erotizar nossos filhos?

Oh nossos lindos bebês” 🎵🎵🎵

(Pretty Babies)

 

J.R.Richards e seus antigos companheiros viam lá em 1995 o que hoje está escancarado e defendido por grande parte da sociedade.

 

Esse texto possui inúmeros “talvez” porque nada sei. Apenas penso e faço paralelos e concatenações da minha parca visão de mundo.

 

Jamais ousaria dizer a alguém como viver. Jamais.

 

CADA UM POR SI. Respeito as liberdades individuais. Por isso também me senti no direito de fazer algumas observações.

 

Abraço e que Deus nos abençoe... saúde e paz.

 

Rafael.

 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

Big Brother


Sempre que leio qualquer coisa sobre o famoso reality show da emissora carioca penso nessa frase aqui.


“All World’s A Stage” 

(O MUNDO INTEIRO É UM PALCO)


(Nome da segunda parte do filme Zeitgeist de 2007 escrito e dirigido por Peter Joseph)


Agradeço por esse documentário controverso mas necessário (Chega de vozes em uníssono adorando figura A ou emissora B! Meu Deus!!! Use seus neurônios!!!) por, entre muitas outras coisas, ter me apresentado ao Peter Finch na sua interpretação magistral no estupendo “Network” de 1976. 


Uma coisa leva a outra. 

Só depende de ti e da tua boa vontade. 

Se teve o mínimo de estudo e consegue se alimentar sem muita dificuldade cabe só a ti.


Por alguns meses a emissora que apoiou a ditadura, o Golpe contra Dilma e o achincalhamento contra Lula pautará as conversas, as polêmicas e o entretenimento de boa parte do país.


Em Sorocaba já começou: “Sorocaba terá representante no reality show”.


Legal pra ela, pra quem curte, pra emissora e para os anunciantes.


Mas que bela besteira.

Eu caguei. Quero que se foda. 


Além desse post amargo e digno de um velhote (amargo e cru sempre fui, e não tenho mais medo de me assumir como um velho do caralho... melhor do que fingir que Anitta é legal e empodera as mulheres, que Pabllo é relevante e canta, que Bonner é um democrata, que a Globo se importa com vidas humanas e que Dória sente algum tipo de empatia pelo povo), não perderei um segundo sequer com essa tolice, essa barbárie mental... tipinhos selecionados a dedo pra entreter a patuleia. 


No fundo o Big Brother concebido por Orwell no “1984” não está observando os fantoches com script numa casa com câmeras.

Os fantoches sabem bem quem são. 

São parte de um grande acordo.

Cada um com seus louros posteriores.


Seja lá ou no programa, igualmente tosco, da emissora do falso religioso.


Tudo marcado.


Quem está observado e controlado, quem proporciona todo o investimento nesse tipo de bestialidade é você.

Que curte. Que comenta. Que assiste. Que compra.


Você sim é observado e faz exatamente o que eles querem.


Sem ganhar nada.