sexta-feira, 7 de outubro de 2016

RESIGNAÇÃO SOBRE O PRÉ-SAL E A PEC 241

Pensei num texto contestador e indignado sobre a entrega do pré-sal por 292x101 votos. Mas pra que?
Não é isso que foi prometido em 2009 e se desenha com vigor desde 26 de outubro de 2014?
Não é pra isso que rolou tudo o que rolou?
Não foi pra isso que travaram a economia e o ajuste fiscal?
Não foi exatamente pra isso que venderam a ideia de que a Petrobras estava falida? (E muitos acreditaram piamente! Por inocência ou má-fé. Mesmo com lucro de R$370mi no 2º trimestre de 2016 apesar da queda mundial no preço do petróleo...)
Não foi pra isso que tivemos as votações vergonhosas na Câmara e no Senado? (Onde muitos declararam abertamente, sem medo nenhum, que não havia crime mas votaram assim mesmo)
Não foi pra isso que o STF teve o seu aumentão aprovado com urgência pra ganharem quase R$40.000,00 por mês?
Não foi pra isso que uma manifestação com umas 50 pessoas interrompeu, televisionada e sem ser incomodada pela polícia, a Avenida Paulista? E outras com mais de 100.000 pessoas foram sumariamente ignoradas, demonizadas e reprimidas!?
Foi pra isso sim.
Sei lá quantos trilhões vale aquilo. Sei que 75% dos royalties iriam pra educação e 25% pra saúde. Já era.
As eleições municipais foram o aval que eles precisavam.
Caíram mesmo no conto do gestor. Tanto que darão na boa uma riqueza pra outros gerirem. Peças que eram compradas aqui, serão compradas lá fora. Tchau pra mais empregos.
Pode parecer um texto indignado. Mas não. É pura resignação. Aceito.
A maioria quis isso. Ou nem liga. Tudo bem.
Assumo minha insignificância.
Mesmo que eu afetasse inteiramente (não afeto) o meu micro-cosmos de 3.000 e poucos amigos e conhecidos, de nada adiantaria nesse jogo de xadrez.
Deixa pra lá.
Parabéns pro hoje chanceler José Serra que prometeu, quando foi candidato a presidente em 2009, tirar a exclusividade da Petrobras e cumpriu. Tá lá no Wikileaks. Ele foi paciente e conseguiu. Eles conseguiram.

Obstinado.
E o mais louco: o diabo são os outros.
Tenho que reconhecer, foi genial.
A CF foi mais uma vez estuprada.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: II - garantir o desenvolvimento nacional;
Mas faz tempo que ninguém dá a mínima pro Art. 6º (aquele que fala da alimentação, moradia, saúde...). Na verdade até trabalham contra ele.
E quem liga!?
Eu não. Não mais.
Esquecerei esses números:
367x137 61x20 292x101
Só pensarei nos números da minha conta bancária. Não pensar na crise e trabalhar. É isso né? Cada um por si. Meritocracia.
Perdão pelo incômodo.
(A Proposta de Emenda Constitucional 241, também chamada de PEC do Teto de Gastos, que tem como objetivo limitar as despesas com saúde, educação, assistência social e Previdência pelos próximos 20 anos? Deixa pra lá também...)

Só pra registrar quem jogou o Brasil (de novo) no atraso.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

NÃO COMPRE LG!

NÃO COMPRE Smart TV da LG do Brasil. NÃO COMPRE.

A minha deu problema na tela com apenas 20 meses de uso (só 8 meses após o final da garantia). Detalhe: o aparelho custou R$1246,11.
O conserto fica em R$1.380,00! Com 3 meses de garantia.

Há obviamente uma intenção de forçar uma nova venda. O novo produto custa menos e tem garantia de um ano.
Os produtos, dessa maneira, viraram descartáveis.

Fica claro que os produtos são feitos para durar apenas 12 meses. Após esse período o consumidor conta com a própria sorte. Não tendo a oportunidade de fazer o reparo a um preço justo.

Repito: dessa maneira a LG fabrica aparelhos descartáveis. Forçando o descarte e uma nova compra.

LG nunca mais. Life's Good!? Só no slogan mesmo. Atendimento frio e sem solução. Mesmo pelo consumidor.gov.br protocolo 2016.09/00000471357

Não estão nem aí. Só respostas evasivas como se não tivessem nada a ver com isso.

NÃO COMPRE.

Se já se sentiu lesado por alguma grande empresa, compartilhe esse post. Obrigado.


LG nunca mais!

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Amigo não é quem ________________, isso é outra coisa. (Minhas considerações no "Dia do Amigo" sobre ser amigo).

Amigo não é quem só te procura quando precisa de um favor, isso é um colega interesseiro. Ou nem colega. Só um interesseiro mesmo.
Amigo não é quem só te procura quando precisa desabafar e normalmente nunca está lá para os seus desabafos, isso é um egoísta que precisa buscar um psicólogo.
Amigo não é quem te põe em roubadas como confirmar alguma mentira, justificar alguma canalhice ou ser árbitro em questões com as quais você nunca teve nada a ver, isso é um canalha.
Amigo não é quem só te procura quando está sem um centavo ou quando não quer gastar (quando vai gastar o próprio dinheiro vai pra outros lugares, sem você obviamente), isso é um sanguessuga. Ou como dizia a minha vó: um chupim.
Amigo não é quem sempre te julga quando você faz uma escolha, isso é uma âncora.
Amigo não é quem te reprime de acordo com o momento dele. Tipo: está solteiro, critica seu namoro. Tá namorando, critica sua solteirice. Tá bebendo, te enche por você não beber. Tá sem beber, critica seu drink. Isso é um falso moralista, muito provavelmente, frustrado.
Amigo não é quem topa tudo e sempre te leva pra situações que estão no limite entre a diversão e o perigo, isso é um perdido. (E você também).
Amigo não é quem tenta te levar para um bom caminho mas em oculto coleciona dezenas de desvios de conduta, isso é um hipócrita.
Amigo não é quem divide um momento da sua vida, escola, trabalho, clube, viagem, festa. Isso é um conhecido, um colega.
Amigo não é quem tem seu sangue e se utiliza disso e de jogos cênicos pra conseguir o quer, isso é um parente.
Amigo não é quem fala mal (ou tolera que falem) de quem sempre o ajudou e protegeu porque agora está mais próximo de tal pessoa ou grupo, isso é um imundo mal-agradecido.
Amigo não é quem te ajuda quando você está caído só pra se sentir superior e espalhar por aí que é caridoso enquanto divulga sua miséria na mesa de jantar ou do bar, isso é um idiota.
Amigo não é quem aparentemente fica feliz com o seu sucesso mas no íntimo (e você sente, não se faça de tonto) emana vibrações vindas do próprio inferno, isso é um invejoso. Um demônio numa carcaça humana.

Amigo não é nada disso.

O que é um amigo? Amigo é como o amor. Não se define, não se explica, gera carinho, cuidado, caridade. A gente sabe quem é e o que sente.
E com o tempo entendi a força da frase: "tenho poucos, mas bons amigos". E tudo bem.
É como dizem: qualidade é melhor do que quantidade. Sempre.

Feliz dia do amigo!

Valorize!

quinta-feira, 9 de junho de 2016

10, 11 e 12 de junho

Salve gente!

Estamos no gás... várias festas, vários eventos, nessa semana vamos postar algo sobre os eventos...

Contrate ou indique! >>> 11 982483056 (WhatsApp) / (15) 974045856 (WhatsApp)

                                                                    Faça sua festa!

sexta 10/6 - 20h Anastácia
sábado 11/6 - 21h Zero Grau
domingo 12/6 - 18h Barboza

Maiores informações >>> CLIQUE AQUI!

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Nossos inimigos dizem


(Brasil, 11 de maio de 2016)
Nossos inimigos dizem: a luta terminou.
Mas nós dizemos: ela começou.
Nossos inimigos dizem: a verdade está liquidada.
Mas nós sabemos: nós a sabemos ainda.

Nossos inimigos dizem: mesmo que ainda se conheça a verdade
ela não pode mais ser divulgada.
Mas nós a divulgaremos.

É a véspera da batalha.
É a preparação de nossos quadros.
É o estudo do plano de luta.
É o dia antes da queda de nossos inimigos.

Bertolt Brecht (1898 - 1956)
dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX

terça-feira, 29 de março de 2016

A angústia desses tempos

Que fique claro que nem por um segundo ouso falar dos outros ou pelos outros. Que falo de mim, única e exclusivamente de mim, das minhas relações e percepções. 

Essa frase acima tem tudo a ver com o que tratarei nesse texto: a angústia desses tempos. A angústia de não poder se expressar. A angústia de não ser entendido ao se expressar. A angústia de ser julgado por não se expressar.

Não sei. Tenho uma vaga impressão de que antes (mesmo com as discussões e afins) todos tinham mais liberdade de expressão. Ou não? Como as relações e opiniões se davam na maioria das vezes pessoalmente, haviam opiniões, réplicas, tréplicas e fim. Consciências eram alteradas, amizades fortalecidas ou destruídas, admiração ou ódio reforçados e a vida seguia.

A culpa é das redes sociais? Sim e não. As redes não existem como organismos vivos, logo não tem culpa de nada. Mas as pessoas se influenciam pelas redes, então sim, elas têm culpa.

Antes nem sabíamos o que determinadas pessoas pensavam. Elas viam uma conversa ou discussão e nem entravam. Não viam necessidade de "marcar posição". Essa conversa tinha 4 ou 5 espectadores e acabaria ali e teria muito pouco impacto. Não havia um ódio ou antagonismo extremado.

Com polaridade em tudo, qualquer discussão ganha uma grande amplificação. É mais gente pra julgar. E mais gente se limitando pra se expressar, afinal não querem ser julgadas ou criar polêmica.

Mas aí entra a angústia. O pessoal mais moderado ou sensato não quer rolo e fica na boa. Quando um espaço não é ocupado por um, logo é ocupado por outro. E assim as opiniões moderadas, educadas e sensatas, foram substituídas pelo ódio, pela ironia, pelo deboche e pela truculência.
Em todos os setores. Religioso, sentimental, político, pessoal, familiar, tudo.
Sinto que há uma carência de naturalidade justamente pelo avanço e domínio do extremismo.

Exemplos:
Gente afetada coloca zilhões de fotos forçadas de determinada viagem ou evento. Pessoal de boa não posta nada pra não parecer forçado.
Pessoal extremista fala sobre política com ódio, raiva e truculência. Pessoal moderado prefere não se posicionar.
Pessoal convertido prega com fervor e doutrinamento sobre a Páscoa, Natal, Deus e afins. Pessoal desencanado nem fala nada.
Ateu debochado barbariza os crentes. Pessoas simples não falam sobre a sua fé.
Galera mal resolvida posta sobre seu relacionamento perfeito ou sobre a desgraça de ter um relacionamento. Pessoal tranquilo não posta nada pra não gerar confusão, ciúme, inveja ou tudo isso.

E tudo bem, se pensarmos "grande merda o Facebook" ou uma mesa de bar. Mas não. Bem ou mal, isso é parte da nossa vida. Influencia sim.

Aos que não ligam de não ter, de não postar ou de não darem a mínima importância para o que veem e ouvem por aí: os meus sinceros cumprimentos. Talvez isso seja o ideal.
Mas pra grande maioria (me incluo): é chegado o momento de resolver esse impasse. Essa angústia.

"Vou postar. Foda-se. Vou responder. Não ligo. Se vão pirar ou entender mal, pau no cu. Isso expressará algo que tenho vontade nesse instante". Assumindo essa postura, creio que haverá algo mais especial para o respeito mútuo e até para o controle dos que de alguma maneira dominaram a rede. Como se só eles pudessem se expressar.
Bombardeiam a sua vida com milhões de fotos de ostentação e julgam uma fotinho sua num churrasco humilde.
São grosseiros em muitas situações e julgam uma piada.
Azucrinam a cabeça de todos com ideologias equivocadas e não suportam uma opinião contrária.
Chega. Antes no bate-papo, todos saíam e acabava. Hoje não tem fim e estamos ali. Esse postura Facebookiana e "dona da verdade" tem falsa tem relação direta com o julgamento ou a admiração alheia. O povo é vaidoso e precisa dessa nova imagem.

Exemplo: fotos na academia. Será que é necessário? Tudo bem. Cada um é livre. Não entrarei no mérito de que a pessoa pode estar fingindo, que é auto-afirmação, cada um por si. Beleza. Não quero e não vou julgar.
Mas e a foto no boteco? Pode ser postada sem julgamento? Com a tag #BebendoTodas? Não que haja a vontade de ser o anti-herói. Só uma vontade de postar a foto num barzinho de bairro numa 2a. Tudo bem?

"Pára de viajar, cada um posta e fala o que quer".
Não. Mentira. O politicamente incorreto (mesmo que sem consequência ou constrangimento pra ninguém) é perseguido. As problematizações são a nova tendência. Ai de quem vacilar no argumento.
E o que acontece? Muitos se aquietam e muitos acabam com raiva de quem não segue essa tendência. De quem não está muito aí.

Tipo, imaginem alguém que posta: "Acho criança um saco". "Meu, não suporto tal banda". "Tal bar é uma bosta". "Quero que o Tomorrowland, SWU, Festeja, Abri Fest, Lollapalooza, vão tomar no cu". "Quem condenou o pai com o filhinho negro no Carnaval: vai cagar". "Problematizadores (ou seja: ativistas de sofá): CHEGA!".

Talvez seja linchado. "Ah, mas o politicamente incorreto não pode". Tá. Concordo com muita coisa. Mas do nada não pode o diferente. A moça posta falando sobre as dificuldades de ser mãe (num contra-ponto a uma campanha da beleza da maternidade) e é execrada. Me parece que até perdeu o perfil. E assim vai... NADA pode. Algumas figuras acabam até fazendo sucesso por externar pensamentos e ações. Seja de um lado ou de outro. Mas acredito que nesse texto trato do cidadão comum.

Fale, se expresse. Não julgue (talvez hoje essa seja a sua postura) e não admita ser julgado. Não só no Facebook. Na vida. Talvez esse texto seja muito mais sobre a vida e nem tanto sobre Internet. Mas não esqueçamos que a Internet também é parte da nossa vida.
E claro que temos que ter senso, mas talvez não. Cada um é cada um. Você respeita? Então merece respeito. Afinal sua cara está ali, exposta.

Paz e liberdade!

Beijos e abraços.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

TÍTULO II
Dos Direitos e Garantias Fundamentais
CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei,
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;