03 de junho de 2002.
Eu estava com 24 (quase 25).
Hoje tenho 47, quase 48.
Estava no quarto com meu irmão (Ou era meu primo? Talvez os 2. Mas creio que era só ele mesmo). Esse jogo foi na madrugada (06h) e ninguém estava animado pra fazer qualquer coisa pra assistir aquela seleção... se classificou no último jogo e chegava com um Ronaldo cheio de suspeitas.
No final o Brasil ganhou com um pênalti pra lá de suspeito (assim como a anulação bizarra do gol da Bélgica nas 8as... quando ainda estava 0x0...) e seguiu para as outras 6 vitórias que dariam o último título à seleção brasileira de futebol masculino.
Depois virou circo e tivemos grandes ajuntamentos aqui... (quem sabe um dia eu escreva).
Eu sempre gostava da Copa e das Olimpíadas... davam uma noção de tempo... eram referências de 2 em 2 anos.
Onde eu estava, com quem eu estava e afins. "Foi na época daquela Copa".
Após a Tokyo 2020 (realizada de 28 de julho de 2021 a 08 de agosto de 2021, sem público) acabou a graça.
Até nisso.
Em 2024 fizeram uma abertura beirando o bizarro em Paris... com delegações em barcos... gravações de artistas e outras tolices...
Do futebol confesso que desencanei quando vi jogos quase que sem público, mas com políticos curtindo (30.01.2021... final da Libertadores 2020).
Não haveria muito sentido em seguir nesse formato... os caras multi-milionários jogando, políticos curtindo e nos trancando em casa (respeito o ser humano, mas doença terminal não poderia ter sido usada como desculpa... tinha deputado em festa de arromba...) e tudo pseudo-normal.
Até celebrei (que nem tinha meu time) a final do Campeonato Paulista de 2020 com portões fechados... mas em janeiro de 2021 a coisa estava tomando outro formato e não havia muito sentido em continuar celebrando jogos sem público.
Ou parava tudo ou não.
Tanto que não celebrei a conquista do meu time (depois de 15 anos) no dia 23 de maio de 2021.
Quem diria que as datas serviriam pra lembrar sobre esse momento terrível que vivi.
Digo vivi (e não no coletivo) porque não tinha renda, não tinha como fazer acontecer e ninguém dava a mínima.
Gente com salários polpudos, exploradores de pai/mãe/marido/mulher e afins, riquinhos... todos cagando regra e puxando a sardinha pro seu espectro político.
Qualquer fala era politizada.
Foi bem ruim.
Cada um teve a sua dor. Não minimizo. Apenas falo sobre a MINHA experiência.
Voltando ao evento esportivo/tempo.
Hoje, confesso, perdi um pouco a paixão por isso.
Por tudo que aconteceu na pandemia e pelo rumo que o esporte tomou.
Como assistir um jogo com uma seleção com um cara detestável como aquele Neymar e seus parças?
Hoje, confesso, perdi um pouco a paixão por isso.
Por tudo que aconteceu na pandemia e pelo rumo que o esporte tomou.
Como assistir um jogo com uma seleção com um cara detestável como aquele Neymar e seus parças?
Tite também não empolgava.
Com suas conversas fiadas, frases feitas e pose de homem de família (minha família acima de tudo e bla bla bla... a gente via bem: tinha até o filhão da comissão técnica... kkkk).
Com suas conversas fiadas, frases feitas e pose de homem de família (minha família acima de tudo e bla bla bla... a gente via bem: tinha até o filhão da comissão técnica... kkkk).
Nas Olimpíadas a mesma coisa... primeiro começaram com graça com o futebol feminino em 2016 pra desmerecer os caras.
Até chegarmos ao ponto (2024) de um mini-quadro de medalhas interno pra compararmos Isaquias, Scheidt e Rebeca.
Meu Pai: épocas diferentes, esportes diferentes, número de medalhas distribuídas MUITO diferente... rankings para a massa acrítica e seus cliques tolos.
Enfim. A ilusão acabou.
Não sei se só a minha. Vi bem menos envolvimento do povo. Menos alegria.
(Também tivemos a neurose envolvendo a camisa amarela...)
Hoje não consigo dizer exatamente onde estava na Copa de 2018 e 2022.
Lembro sim de muitos jogos e onde estava.
Mas não são referência... não está ligado ao ajuntamento (que talvez era o mais importante), a um grande momento ou época.
Por isso fica essa boa lembrança 2002... uma época mais inocente e, por que não?, mais alegre.
06h, tv pequena, 20 e poucos anos, time sem expectativa, mas TUDO ISSO com um mínimo de verdade.
06h, tv pequena, 20 e poucos anos, time sem expectativa, mas TUDO ISSO com um mínimo de verdade.
Algo que redes sociais, grupos de WhatsApp, Booking, Tinder, Airbnb, Netflix, Spotify, TVs imensas, bares estilizados com telões e camisas personalizadas, jamais superarão.
Sem dúvida há muitas alegrias e muitos sonhos a serem vividos.
Mas aquela brejeirice e muitas ilusões acabaram em 2020/2021.
Que Deus nos abençoe.
Amém.
Amo vocês e contem comigo.
Rafael.
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